segunda-feira, 16 de junho de 2014

Conversando - O transtorno familiar

Por José Vanin Martins
Não tem jeito. A família, toda família tem dificuldade de “lidar” com a pessoa adita. Todos aceitam que a doença é comportamental. Costumamos dizer que o adito só muda de endereço, são todos iguais. A família, normalmente é a última a aceitar que o filho está usando “droga”. Todo mundo vê, tudo está muito claro..., mas é difícil aceitar que logo em casa isto veio acontecer. No começo querem esconder à sete chaves o que não dá mais para esconder. O adito de modo geral tem um comportamento semelhante: Mentiras seguidamente; Desmazelo (pessoal e em seu ambiente); Irritabilidade e agressividade; Impulsividade; Relaxamento da ética (rouba, etc); Arrogância e prepotência; Não cumprimento de compromissos; Apatia amotivacional; Desinteresse por tudo que não diz respeito à droga; Instabilidade afetiva; Alteração do padrão do sono; Alteração do padrão alimentar; Vem a primeira negação da família, isto é passageiro, é próprio da idade... e, a idade avança e o problema se agrava. O colégio não aceita mais o filho... ou, o próprio filho não aceita mais o colégio. É hora dos pais negarem mais uma vez: culpam os colegas do colégio; quem sabe mudando para um colégio mais fraco o problema desapareça. É mais uma tentativa frustrada. A ousadia do filho cresce. Sem autorização e muitas vezes sem carteira sente-se no direito de dirigir o carro da família. Acontece a primeira inflação civil. Os pais são obrigados a irem até a delegacia. Constrangimento. Chamada de atenção. Promessas arrependidas.... e tudo continua na mesma. Como é difícil abrir os olhos. Vamos continuar a conversa? (José Vanin Martins, voluntário do amor-exigente - vanin19@gmail.com)

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