quarta-feira, 11 de junho de 2014

Sem-terra e sem-teto, quem são?

Por Luiz Augusto
A Comunidade Atos recebeu a doação de uma área para a construção de uma obra social no Setor, próximo ao Vale do Sonho. De repente, recebemos a notícia de que a área estava sendo invadida. Acompanhado por dois amigos, fui até o local para me inteirar da situação. Encontramos várias áreas invadidas, inclusive, a nossa. Caminhões fretados, trazendo materiais de construção, até tijolos de cimento, cujo valor é muito alto. Na conversa com os invasores, descobrimos que são invasões planejadas, particularmente, por quem não permaneceu no “Residencial João Paulo II”. Estavam lá um policial com sua esposa; dois jovens trabalhando para o Catatau da Ceasa, ganhando diária de sessenta reais, e todos foram unânimes em apontar um “POLÍTICO” bem conhecido por liderar essas ocupações. Anotamos números de placas de carros e motos, e, quando a Polícia chegou, ficamos sabendo que um dos invasores é pedreiro. Portanto, os invasores não são pessoas sem-teto e sem-terra. São, na verdade, gente de má fé influenciada por quem tem interesses escusos, pois, pessoas numa condição de pobreza extrema não compram os tijolos mais caros e muito menos têm dinheiro para frete. Um dos invasores disse em alto e bom tom que estava indo embora, porque ele apenas recebia para limpar a área. Tem sido assim entre nós: falta total de justiça e muita gente perdendo o pouco que tem por medo e falta de proteção. O problema é que cada um usa da força que tem em benefício próprio. Como também a construção de quebra-molas no Setor Recreio dos Bandeirantes, Goiânia. Não há como passar, porque alguém manda na rua. Coisas tão “pequenas”, mas que fazem a liberdade de ir e vir. Afinal de contas, quem é mesmo sem-teto e sem-terra? Nas ruas cada um pode fazer também o que quer? Isso contribui para o aumento da violência e, consequentemente, da criminalidade. Quero que as autoridades a quem clamamos por socorro, nos ajudem, pois, queremos viver com dignidade e paz. (Pe. Luiz Augusto F. da Silva, Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus)

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