sexta-feira, 20 de junho de 2014

Raimundo, o caçula do patriarca Júlio Barbosa - II

Por Licínio Barbosa
No velório que precederia o sepultamento no “Cemitério Jardim das Palmeiras”, diante da comoção geral que envolvia o féretro, a doutora Zanyr da Paixão Chaud e Sá Abreu, digna esposa do Procurador de Justiça Doutor Decil de Sá Abreu, proferiu comovente alocução que a todos emocionou, a qual timbro em transcrever, na íntegra, pela sua beleza de forma e conteúdo. Verbis. “Momento de comoção e de tristeza, diante de um corpo, agora apenas físico. “Sua alma, Raimundo, já transpondo o espaço etéreo, descansa no berço do Criador, repouso que lhe é merecido, depois de bem cumprir o caminhar, aqui, na terra. “Trilhou cada passo com honradez, hombridade, dignidade, respeito e sabedoria. “Conheceu a primeira dificuldade quando, aos seis anos, perdeu a sua mãezinha. O mundo, entretanto, não lhe foi impetuoso. Após continuar alguns anos com seu pai, coube ao Licínio, seu irmão mais velho, os cuidados para a sua formação. Licínio já dispunha de sólida estrutura e equilíbrio moral para zelar de Você, o caçula de uma digna prole. “Novo mundo abria-se-lhe á frente: Estudo, trabalho e preparo em sentido lato, para se tornar o grande homem que tivemos o orgulho de conhecer e com você conviver. “Banco do Brasil foi a grande instituição, onde, trabalhando, deixou registrada eficiência, retidão e competência funcional. O mesmo Banco do Brasil foi também o seu Cupido: Transferindo-se para Anicuns, deu-lhe a oportunidade de conhecer a prendada e meiga Ozana, sua cúmplice e fiel companheira. Formaram a exemplar família com os filhos Aritanan, Júlio e Simone (esta já no descanso eterno). Esposo exemplar, pai generoso, irmão leal (como o indica o próprio nome de família), amigo sincero. Enfim, homem de bem, sério em tudo o que fez. Seus irmãos, como que num filme, revivem cenas ora distantes, ora juntos de Você, Ozana, seus filhos e netos pedem ao Alto, a compreensão do fatídico momento. Sua vida, em nosso convívio, está consumada. “Recordo-me de um cantor que assim entoou a canção: “Eu sei e você sabe já que a vida quis assim / Que nada neste mundo levará você de mim / Eu sei e você sabe que a distância não existe / E que toda paixão só é bem grande se for triste / Por isso, meu amor, não tenha medo de sofrer, / Pois todos os caminhos se encaminham pra Você”. E arremata, a grande amiga da família de Raimundo: “Aqui estamos, seus amigos, tristes com sua partida. Estão os seus familiares, irmãos, sobrinhos, perplexos e sofridos, sua célula maior: Sua família, não contendo as lágrimas, chora Ozana, a grande e amada companheira; Aritanan, Júlio e Simone (em espírito). Seus pais e sua filha Simone, abrindo-lhe os braços numa receptividade de luz divina, aplaudem a oportunidade de acolherem Você, entre garboso, firme e confiante. O espaço celeste, meu amigo, é o céu, Creio eu que o céu está em festa, linda recepção! A Virgem Santíssima, com seu Filho Jesus, ladeada de São Francisco de Assis e tantos outros sublimes espíritos de luz, acolhem Você. Começa a grande e eterna vida nova, vida de glória que Você bem soube preparar. “Conosco ficam a saudade e a certeza de que privamos da amizade de um homem íntegro”. Por tudo isso, e ainda muito mais, Raimundo, requiescat in pacem! (Licínio Barbosa, advogado Criminalista, professor Emérito da UFG, professor Titular da PUC-Goiás, membro Titular do IAB-Instituto dos Advogados Brasileiros-Rio/RJ, e do IHGG-Instituto Histórico e Geográfico de Goiás, membro Efetivo da Academia Goiana de Letras, Cadeira 35 - E-mail liciniobarbosa@uol.com.br)

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