quinta-feira, 12 de junho de 2014

Uma análise psiquiátrica das políticas de assistencialismo, bolsas, cotas e “apoio a movimentos sociais”. Como o PT cavou a própria cova

Por Marcelo Caixeta
Quando o PT optou, assistencialmente, por “repartir o que é dos ricos com os pobres” criou um problema suplementar. Quando deu um “computador de graça” para quem não tinha nem caderno, criou um “monstro” : “agora eu quero mais”. Exemplo cabalístico disto é aquele vídeo que bomba na internet onde uma senhora pobre diz que vai usar o dinheiro do bolsa-família para comprar uma “calça de marca” para a filha adolescente. O PT criou, na mente da pobreza, a ideia de que “eu tenho o direito disto” e agora tem de administrar a demanda. Para isto, tem de aumentar impostos das classes produtivas ( os que trabalham ), mas estes impostos chegam a um teto. A cidade de Goiânia, prefeitura do PT, mostra isto : quebraram os cofres públicos com bolsas, cotas e salários/benesses para funcionários públicos ( isto é a base do petismo ) e, agora, mesmo que aumentem impostos, não irão receber, pois a classe produtiva já chegou no osso. Por outro lado, não há como aumentar a renda da população, pois isto se faz com produção, e o Brasil não tem mais produção. O Governo federal asfixiou os setores produtivos, poucos pensam em produzir mais, aumentar negócios. Por outro lado, como não estimulou o estudo, o esforço próprio, como não estimulou a “mudança mental” do indivíduo ( “trabalhe!”, “estude!”, “esforce-se!”) , o próprio indivíduo, sem estudo, sem o culto do esforço, sem iniciativa, sem autoconfiança, não consegue sair da miséria, não tem meios para isto. Revolta-se com a própria miséria, ou seja, revolta-se em não ter dinheiro para comprar a calça de marca da filha. Quer mais mas não lhe dão. Sente-se no “direito de...”, mas nota que suas súplicas não são mais atendidas. Daí dizem : “os políticos não estão nem aí, eu vou é prá rua, quebrar ônibus”. Então chegou-se a onde estamos : um punhado de passarinhos, todos de bocas abertas, esperando a mamãe colocar na boquinha, num lugar onde não há trabalho, não há trabalhadores. Ao mesmo tempo, mesmo a classe média insurge-se contra este tipo de Governo, não só pelo arrocho ( “está tendo de sustentar a pobreza”) mas também pela revolta pela falta de mecanismos de participação. Nisto o PT também errou pois não criou mecanismos reais de participação social. Os movimentos sociais que o PT apoia não são legítimas manifestações sociais, não são representativos da Sociedade Civil Organizada, são grupos a quem se dá nutrição simplesmente por serem cooptados, teleguiados e manietados por interesses esquerdistas-comunistas. São grupos de tendência destrutiva ( “destruir o capital, destruir as iniciativas privadas, destruir o poder das elites” ) , não grupos com tendências pró-ativas, participativas. Os “movimentos sociais” petistas não podem desafiar o “verdadeiro poder político”, que é o poder do Estado, senão desafiam o totalitarismo inerente a todo governo esquerdista. Os “grupos petistas” só estão autorizados a atacarem a “produtiva branca elite”, a produtiva sociedade civil. E não são eles que estão indo para os quebra-quebra nas ruas, são os “filhos da classe média”, aquelas que, sem querer bolsas, mas querendo participação, já notaram o engambelo do PT ( não repartir o poder com a Sociedade ). (Marcelo Caixeta, psiquiatra)

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