sexta-feira, 30 de maio de 2014

Petrobrás - Clara gestão de incompetência, com indícios de corrupção deslavada

Por Geraldo Branquinho
Virou jogo de empurra-empurra entre a presidenta Dilma e alguns membros do Conselho de Administração e da diretoria da PETROBRÁS, ao se defenderem com falsas alegações e justificativas prosódicas e usando palavras articuladas e ensaiadas em gabinetes fechados, com técnicos, advogados e líderes dos partidos aliados. Eles tentam manipular os eleitores e mascarar a extrema gravidade do prejuízo causado à Nação brasileira, que acabou custando US$ 1,180 (Um BILHÃO, cento e oitenta milhões de dólares americanos) à estatal brasileira, representando mais de 27 vezes o que a Astra Oil desembolsou em 2005. Esta empresa belga pagou US$ 42,5 MILHÕES por esta refinaria em Pasadena (Califórnia). Ela era e continua sendo sucata repintada. Em 2006, a PETROBRÁS comprou 50% das ações da Astra Oil (US$ 190,0 BILHÕES de dólares americanos). Por discordâncias administrativas de gestão entre as duas empresas societárias, o grupo Astra Oil exigiu da Petrobrás a compra das suas ações restantes, o saldo de 50%. Com a recusa, a justiça americana sentenciou a estatal brasileira a adquirir a sucata, por descumprir duas cláusulas contratuais denominadas Put Option e Marlim. Ambas são empregadas rotineiramente em contratos internacionais, e é do mais perfeito e amplo conhecimento dos administradores da estatal brasileira. O motivo da discordância entre ambas decorreu da cláusula Marlim, que obrigava a Petrobrás a pagar juros anuais de 6,9% a Astra Oil, compromisso contratual que a estatal brasileira se recusava cumprir. Todos eles, que apareceram com a cara-de-pau na imprensa brasileira, inclusive no Congresso Nacional, para alegar desconhecimento de tais cláusulas devem ser, mentirosos, falsos, hipócritas. Caso não sejam, são: ou parcos em inteligência, ou incompetentes, ou relapsos, ou analfabetos funcionais. E são vários daqueles que formaram e formam a administração colegiada da estatal: Conselho Fiscal, Conselho de Administração e Diretoria Executiva, excluídos os discordantes. A malfadada administração da PETROBRÁS ocorre desde 2004 e se agravou a partir da associação corporativa com a refinaria Astra Oil, em Pasadena. Eles, diretoria executiva e Conselho de Administração, aprovaram o negócio absurdo. Deveriam explicar também que a Nação brasileira pagará a conta expressa em real que, à taxa de câmbio atual, representa o valor de R$ 2.619.600.000,00 (dois BILHÕES seiscentos e dezenove milhões e seiscentos mil reais). Está pagando sem a incorporação dos juros de financiamento feito pela estatal. Historicamente, o povo brasileiro é pacífico, acomodado, nunca reclamou, não entende e nem quer entender nada disso, porque esta recebendo: bolsa-escola, bolsa-família, bolsa alimentação, bolsa-isso, bolsa-aquilo (migalhas, esmolas para os eternos desempregados sem teto). Há uma bolsa especial denominada bolsa-desvio de dinheiro público, embora criminosa e destinada somente à elite política. Porém, esta última é “doada” para alguns seletos figurões corruptos, os componentes da chamada base de sustentação do governo petista. O Mensalão provou isto, mas falta apurar outros muitos Mensalões e Mensalinhos que ainda estão escondidos, no Distrito Federal, estados e municípios. O então prefeito de Santo André (SP), Celso Daniel (PT), foi torturado e assassinado em 2002, porque não concordou com a corrupção, desvio de dinheiro, roubo que estava sendo praticado ocultamente sob a sua administração. Provavelmente, a mesma coisa aconteceu com o Presidente Getúlio Dornelles Vargas, em 1954, pela impossibilidade de governar em face do comportamento mercenário do Congresso Nacional. Suicidou-se ou teve o mesmo destino de Celso Daniel? O fato nunca foi devidamente explicado. Em bases legais, como é efetivada operacionalmente a gestão – administração – da PETROBRÁS? Para melhor esclarecer aos leitores, reproduz-se, a seguir, o organograma da empresa estatal, o qual demostra hierarquicamente como opera o seu núcleo administrativo em cada nível hierárquico, as instâncias, e os limites legais de cada gestor. Tal organograma demonstra a complexidade e o gigantismo da empresa, com a divisão do poder de decisão, que é colegiado, e considerando-se os riscos das múltiplas atividades da empresa e as alternativas para manter incólume o patrimônio, ou aumentá-lo, e não para dilapidá-lo. Quaisquer membros da administração colegiada e em qualquer nível hierárquico, os que descumprirem as normas legais, as quais estão simbolicamente e implicitamente reproduzidas no organograma, poderão ser incursos em atos de responsabilidade civil e penal, e por eles deverão responder na justiça. Sendo a administração da PETROBRÁS colegiada, o presidente executivo da empresa nunca e jamais pode tomar decisões isoladamente. Sendo assim, a boa gestão depende do alto nível de conhecimento científico de seus gestores, nas seguintes áreas: técnica/finanças/jurídica/contábil/ computacional/administrativa/engenharia/sociologia/relações humanas e relações internacionais, entre outras áreas da ciência, incluindo tais exigências aos membros do Conselho de Administração. Estes apreciam e votam as propostas, cumprindo o que determina a lei que regula as empresas estatais e o Estatuto Social, especialmente para aprovação de investimentos em negócios internacionais. A aprovação do conselho tem de ser por maioria absoluta. Embora alguns daqueles que foram conselheiros e diretores, inclusive o presidente da estatal, neguem publicamente a culpa incorrida nas nefastas negociações da 1ª e 2ª etapas da Refinaria de Pasadena, dela não podem se esquivar. Estatutária e preliminarmente, todos os membros do Conselho Fiscal e do Conselho de Administração foram informados por meio de relatórios e pareceres, legais/técnico/jurídicos/de viabilidade econômica. Certamente foram detalhados os riscos e os custos vultosos com a aquisição e reforma do FERRO-VELHO denominado Refinaria de Pasadena. A ampla reforma da sucata tem prazo de maturação alongado, com projeções detalhando os custos anuais em que os juros acumulados aumentam mais o valor financiado e o custo na conclusão da obra. Foram projetadas as receitas operacionais esperadas para os períodos subsequentes ao término do projeto. Qualquer empresa, mesma as de médio porte, tomam tais precauções. O organograma da PETROBRÁS mostra o esqueleto da estrutura funcional e administrativa desta empresa, e como ela é gerida. Nota-se que o Presidente da PETROBRÁS, como presidente da Diretoria Executiva, é mero executor de atos que são aprovados pelo órgão colegiado da estatal – Conselho de Administração. Ele é como o primeiro ministro em um regime parlamentarista, que governa desde que as ações a serem executadas estejam devidamente apreciadas, votadas e aprovadas pelo Conselho de Administração. Preliminarmente, existem diversas fases a serem cumpridas, as quais envolvem estudos e análises que resultarão em pareceres técnicos e relatórios da diretoria, dos seguintes órgãos: 1º) Departamento de Estratégia Corporativa; 2º) Departamento de Desempenho Empresarial; 3º) Departamento de Novos Negócios – no caso específico, Refinaria de Pasadena; 4º) Departamento Jurídico; 5º) Departamento Corporativo Internacional. Este, para dar suporte técnico em negócios com investimentos de capital da estatal no exterior: prospecção de jazidas, exploração e extração de óleo, produção e refino dos produtos – gás, diesel, gasolina, lubrificantes, querosene – e de subprodutos utilizados na subsidiária petroquímica, bem como, reforma ou ampliação e modernização das instalações existentes, ou para compra/venda de refinarias: fusão, incorporação, cisão. Cumprida tais fases preliminares, o processo da compra do FERRO VELHO (sucata) em Pasadena foi inicialmente encaminhado ao Conselho Fiscal para emitir parecer fundamentado. Não se sabe se os pareceres e os relatórios das diretorias dos referidos departamentos foram favoráveis ao negócio ou não. Concluída a análise, após o parecer do Conselho Fiscal, o processo para compra da Refinaria de Pasadena, contendo os relatórios e os pareceres conclusivos, foi encaminhado para analise do Conselho de Administração da PETROBRÁS, oportunidade em que foi apreciado, degustado, e, em seguida, aprovada a realização do negócio. Por quantos e quais conselheiros? Quem quiser saber, procure vasculhar os cartórios de Registro Público e em jornais de maior circulação que veiculem na cidade-sede da PETROBRÁS, ou em seu site. Nenhum vil mortal já entrou nas dependências internas desta empresa estatal, a não ser os seus funcionários e os “amigos” da diretoria colegiada, especialmente políticos, os que os colocaram em tão importantes cargos. Com absoluta certeza, tais autoridades foram indicadas pelo ALTO CLERO da base de sustentação do governo, quaisquer que sejam as suas siglas partidárias, neste e nos anteriores. Eles mandam e desmandam nas empresas públicas em que o governo detenha mais de 50% do capital em ações, portanto escangalham com elas, como estão fazendo com a PETROBRÁS, que virou cabide de emprego dos apaniguados dos atuais políticos mandantes. Os rendimentos auferidos por estes em suas atividades extraparlamentares jamais explicadas, bem como as fontes pagadoras com os respectivos CNPJs, nunca aparecem na Declaração de Imposto de Renda Pessoa-Física, por razões de segurança. Embora exista auditoria interna na PETROBRÁS, ela nem foi citada, porque é controlada pela diretoria colegiada e pelo Conselho de Administração. A imagem do Brasil no exterior está sendo ridicularizada pelas ações demolidoras da Oclocracia governante oriunda das elites sindicalistas (PT, PDT, PTB), que é reforçada pelo elitista PMDB, mas não pelos sindicalizados, os que de fato suam a camisa em trabalho árduo e incessante, aqueles que efetivamente produzem a riqueza nacional e são marginalizados pela oclocracia dominante. Os acionistas da PETROBRÁS estão amargando imensos prejuízos refletidos na queda das ações da empresa nas bolsas de valores, tanto no Brasil como no exterior. O prejuízo dos acionistas é de aproximadamente 50%, reflexo imediato da enorme perda do Patrimônio Líquido da PETROBRÁS. Os ganhadores se tornaram perdedores e a metade de suas economias foi para o lixão produzido pela diretoria executiva e pelo Conselho de Administração da estatal; todos são culpados, ou por omissão – conivência – ou por ação, porque seus autores aprovaram tais desmandos. É necessário esclarecer. Membros do Conselho Fiscal, na vigência do mandato, não podem ser membros do Conselho de Administração. Por instituição legal, o presidente executivo da PETROBRÁS obrigatoriamente tem de ser membro do Conselho de Administração, desde que não seja seu presidente. A partir de 2004, somente quem tiver estrela vermelha na testa é eleito como conselheiro, consequentemente, para Presidente da PETROBRÁS. Evidentemente, a carta já estará marcada pela Presidência da República, que foi espremida pela base aliada de sustentação política. Explicada fica a negociata da Refinaria de Pasadena, na Califórnia, e outras mais, que estão ocultas. Para concluir, reproduz-se apenas um exemplo extraído do site da PETROBRÁS. Em 17 de março de 2014, foram aprovadas pelo Conselho de Administração as Demonstrações Financeiras relativas ao Exercício Financeiro de 2013 (Balanço de Resultados, Balanço Patrimonial de Ativo, Passivo + Patrimônio Líquido, Demonstração do Fluxo de Caixa e Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido). O Conselheiro Mauro Rodrigues da Cunha votou contrariamente à aprovação, devido especialmente: a) falta de envio tempestivo das demonstrações, para análise, isto é, tomou conhecimento delas somente no ato de votação; b) insuficiência de informações e aparente inadequação da contabilização dos investimentos em refinarias. Analisando os argumentos contidos na declaração do conselheiro para votar contra, existe a possibilidade de manipulação dos dados contábeis da estatal, para mascarar os saldos dos ativos (investimentos) no Balanço apresentado. Apenas hipoteticamente e em qualquer empresa, seria a transposição contábil fictícia de valores de uma conta de investimento, no Ativo, para outra conta no Ativo, ou redução do valor de uma conta, no Ativo (investimento), e a consequente redução em outra, no Passivo. Isto é fraude contábil e é comum em grandes empresas norte-americanas. Goiânia, 26 de maio de 2014. (Geraldo Branquinho, economista, filiado a ADESG – Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra, onde fez cursos de Segurança Nacional e Desenvolvimento, no princípio da década de 70)

Guerra civil no Brasil? Mais de 100.000 mortos?

Por Henrique Gonçalves Dias
Importunei inúmeras vezes o misericordioso leitor, principalmente na série "O 2012", mencionando que no Brasil o número de homicídios, no caso de 2012, segundo o governo, 56.337, é maior que o número total de mortes nas guerras, guerrilhas e conflitos armados em todo o planeta. Quer dizer, a cada dez minutos uma pessoa é assassinada no Brasil. A cada dez minutos uma família perde um pai, mãe, filho, avô, tio, primo ou todo mundo junto, em chacinas. O coração dos brasileiros está cauterizado contra emoções. Um exemplo são os jornalistas, principalmente os âncoras dos telejornais. Tentam "disfarçar" mas não conseguem. Quase choram apresentando uma catástrofe, à exemplo, o estupro e assassinato de uma menininha de três aninhos, mas, segundos depois, acabam por envolver-se emocionalmente e a sorrirem e até gargalharem às largas da próxima matéria apresentada, que pode ser, à exemplo, uma foto ou filme, postado na internet, de uma outra menininha de três aninhos também, lambuzando-se com chocolate. Mais uma coisinha para finalizar. Cadê aquele pessoal que vivia dizendo que diminuiríamos a violência e a criminalidade desarmando a população? Um atentado à lógica, porquanto, na Suíça, um dos países mais pacíficos do mundo, todo mundo anda armado. Em 2003, ano em que foi aprovado e entrou em vigor o "Estatuto do Desarmamento", ocorreram 51.043 homicídios. Em 2012, como vimos, 56.337. Aumento de 9,88 por cento em dez anos? Quase 10%!!! Tenho certeza que se uma drástica medida não for tomada bateremos o recorde de 60.000 homicídios este ano! No trânsito, que não passa de uma "guerra" também, tivemos 46.051 mortes em 2012. Somados os números de vítimas das "duas guerras" teremos um total aproximado de 106.000 pessoas mortas. Eu já disse e volto a repetir: A cada dez anos mais de um milhão (1.000.000) de pessoas morrem tragicamente, bobamente, desnecessariamente, quase a população da cidade de Goiânia! A imprensa deve precaver-se de banalizar a violência. Vivi parte da minha vida entrevistando delinquentes das mais diversas áreas da criminalidade e essa é a conclusão que tirei: Se recolhessem todos os aparelhos de televisão a criminalidade diminuiria muito mais do que se conseguissem acabar com o consumo de drogas. O que mais motiva essa rapaziada a "sair pra função" é o consumismo. A "lógica" deles tem lógica. "Se neguim tem por que não posso ter? E além disso véio, cê vai vê, vou aterroriza e aparece na TV!". Eu costumo falar para os meus amigos e leitores jovens que para eles exercerem o direito de votarem e serem votados perdi colegas, que antes de serem assassinados foram torturados em "pau-de-arara" levando choque nas genitálias, nos mamilos, nas unhas... Nós, cidadãos "comuns", que não gostamos de "guerras" e nem "funções", podemos modificar tudo nas próximas eleições. Até. (Henrique Gonçalves Dias, jornalista)

Proteção veicular

Por Aparecido Correia de Almeida
A Proteção Veicular é uma nova forma de proteger o veiculo, com todos os benefícios necessários para proteger seu patrimônio e, se faz via Associação. O Mutualismo surgiu, através da história, como uma forma organizada dos cidadãos se protegerem. Tem reminiscências, origens, milenares, mas essencialmente, na Europa, no Século XIX com a chamada crise da Revolução Industrial. As mutualidades, no fundo, surgiram como organizações profissionais, dos mais diferentes grupos, professores, trabalhadores, empregados públicos, da mais diferente natureza, populações rurais, populações urbanas, para dar resposta às mais básicas necessidades. A nova modalidade se amplia para todos os Brasileiros. Em Goiás o seguimento esta satisfeito com o crescimento da nova modalidade. A proteção veicular se apresenta como conceito em segurança a preços compatíveis e justos, com a necessidade do proprietário do veiculo. O principal objetivo, é possibilitar ao associado facilidades de contratação do benefício, com amplo atendimento em situações emergenciais. Tem foco na acessibilidade, transparência e medidas justas para o associado. Um dos grandes incrementos deste tipo de mutualismo é a possibilidade de inclusão social do proprietário de um veiculo automotor, que recorrendo aos meios tradicionais para proteger o seu veiculo, acaba sendo excluído, por vários motivos, ficando a merce da criminalidade, que cresce a cada dia. É pensando em amparar a sociedade contra essa exclusão do mercado atual, que a associação de proteção veicular está pautada e crescendo a cada dia. Os serviços oferecidos por uma proteção automotiva compreende dentre outros: a Assistência 24h, Proteção contra roubo e furto, colisão,incêndio, e até prejuízos causados pela natureza. A maioria das associações não analisa o perfil do condutor e sem consulta ao SPC ou SERASA. A principal exigência é que o condutor cumpra as leis de trânsito e esteja em dias com seus boletos. A adesão a nova modalidade se faz, via contrato e, o pagamento de mensalidades. A principal missão deste tipo de associação é oferecer uma segurança automotiva e pessoal com excelência em atendimento e respeito aos seus associados. Precisa ter uma visão que supere as expectativas dos associados com produtos e serviços de alta qualidade, respeitando os valores pautados na lealdade, ética, comprometimento, respeito, dedicação, confiança e responsabilidade social. Assim como a sociedade se monstra preocupada com a própria segurança e a de seu patrimonio e se protege de diversas formas, o Governo Federal, lançou o SINESP CIDADÃO. Trata-se de um aplicativo de utilidade publica que oferece a possibilidade de consultar informações sobre automóveis na base de dados do Departamento Nacional de Trânsito. Dessa forma, é possível saber se um carro está clonado ou se há registros de furto ou roubo. Tudo o que você precisa fazer é digitar a placa do veículo e imediatamente o aplicativo informa se a sua situação está legal ou ilegal, além de trazer dados sobre o modelo e marca do carro, ano de fabricação e cor. Leia mais em: http://www.baixaki.com.br/android/download/sinesp-cidadao.htm#ixzz33BvU2OHy. (Aparecido Correia de Almeida - Cel PM - Comandante do 7º CRPM - Comando Regional de Polícia Militar - Sede em Ipora. Vice Presidente da APBM.GO)

Aumentos abusivos e lesivos à população!

Por José Domingos
Não faz nem bem uma semana que a imprensa noticiou, que em virtude do inicio da safra da cana os preços do etanol haviam sido reduzidos, podendo o mesmo ser encontrado em Goiânia a R$ 1 99 o litro. Foi como se uma boa parte desse produto fosse jogado ao fogo, pois provocou uma combustão(para não se dizer palavras piores) pois tão logo o assunto se alastrou, os postos que praticavam tal preço, os majoraram em mais de cinco por cento, vez que pularam de uma só tacada para dois reais e dez centavos, num alinhamento de preço em dezenas de postos de combustíveis, pois uniformemente praticam o mesmo preço. Soa como incoerente, abusivo e desrespeitoso à população, que estando no pique da produção da cana, tenhamos todos uma tungada dessa nos bolsos quando, na verdade, e em razão do período vivido certo seria, que dada nos fosse a oportunidade de economizar alguns trocados com a redução de preços, mas esse é o Brasil de tantas coisas inexplicáveis, só restando aos consumidores arcar e sofrer com essa sofreguidão, ambição desmensurada, dos empresários ávidos por maiores lucros. Existem alguns mistérios indecifráveis, pois enquanto aqui na capital se cobrava em média R$ 2 00, na cidade de Itaberaí, localizada na rota turística para o Rio Araguaia e cidade de Goiás, o etanol podia ser adquirido em diversos postos de combustíveis a R$ 1 79. Mistérios, por que se lá ao se praticar um preço menor, por certo os empresários do ramo não trabalham no prejuízo, assim, caracterizado fica a exploração sem limites do setor em Goiânia, pois só aí comparados um preço com o outro, os da capital tem um ganho acrescido em relação aos itaberinos, da ordem de mais de onze por cento, sendo que os produtos são adquiridos todos, por força de normas da ANP - Agencia Nacional de Petróleo, junto às distribuidoras de combustíveis. Aliás estranheza maior causa, esses disparates de preços mais do que abusivos, na comparação dos que se praticam aqui e os mais baratos no interior, pelo fato de que todas as distribuidoras se localizam em Goiânia, portanto o frete majora os custos para os estabelecimentos não localizados na capital e quando mesmo assim, ainda vendem por preços inferiores, fica mais do que patenteado que alguns empresários estão estabelecendo lucros bem superiores em relação aos fixados pelos demais empresários do ramo. Ante esses aumentos que nunca ficam inferiores a cinco por cento, seja que produto que for, nos dá uma sensação de impotência, de ver que o governo, entra ano sai ano, no findar de cada um, publica que a infração fica mais ou menos nesse patamar. Não se sabe com que artificio contábil e enganoso se vale a equipe econômica do governo petista para apregoar que sempre se cumpre as metas pré-fixadas para a área, no que tange à subida de preços, pois esses se comparados tomando se por base o inicio e o findar de cada exercício, quase sempre apresentam valores em dobro, ou mais, o que num primeiro momento caracteriza aumento de cem Por cenTo, mas oficialmente o apresentado se situa em um vinte avos disso. Isso é Brasil, onde aumentos abusivos e lesivos à população, se sucedem ao bel prazer dos empresários. (José Domingos, jornalista, poeta, escritor e articulista da sociedade no Diário da Manhã)

Dom Celso, o exemplo do bom pastor

P
or Marconi Perillo Goiás e o Brasil perderam no último dia 11 de maio um dos maiores sacerdotes do nosso tempo, Dom Celso Pereira de Almeida, um dos pastores católicos mais dedicados à causa dos mais pobres em nosso País. Seu exemplo de vida e de dedicação à obra social da Igreja sem dúvida atravessará muitas gerações. Quem conviveu com Dom Celso sempre o definiu como um ser humano completo: intelectual, grande amigo, excelente colega de jornada, grande conselheiro e alma caridosa. Por onde passava, deixava seu testemunho e exemplo de fraternidade, expressando a crença no diálogo, na conciliação e na convivência pacífica entre povos, independentemente de todas as diferenças culturais – porque, ao fim, somos todos filhos de um mesmo Deus. Dom Celso entra para a história não apenas por suas pregações, mas, sobretudo por seu exemplo de dedicação às boas obras. Ele enfrentou as condições mais adversas – geográficas, políticas e econômicas – para cumprir a missão de levar sua mensagem para aqueles a quem pastoreou. Lutou ao lado da comunidade pelos direitos fundamentais à posse da terra, à participação na renda e pela atenção dos governantes às causas sociais. Apesar da imensa obra religiosa que assumiu, da qual decorreram grandes responsabilidades, Dom Celso sempre se manteve sereno, acessível, paciente, sorridente. Qualidades divinas, reflexo de seu profundo desenvolvimento espiritual e de sua consciência histórica e filosófica, que ele construiu com infindáveis horas de leitura e principalmente ouvindo o seu povo. Em função dessa profunda e abnegada dedicação à obra da Igreja Católica e da Ordem Dominicana, Dom Celso passou por todos os postos de liderança religiosa da Santa Sé em nosso Estado. Foi pároco da Igreja São Judas Tadeu, em Goiânia, arcebispo de Goiânia, secretário regional da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), presidente da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), bispo auxiliar da Diocese de Porto Nacional, pároco em Campos Belos, presidente da Comissão Pastoral da Terra (CPT) no Norte de Goiás (atual Estado do Tocantins), bispo de Itumbiara e, por fim, integrou o ministério da Arquidiocese de Goiânia. Por onde passou, Dom Celso sempre prezou, pregou e promoveu a fraternidade, o amor ao próximo, professando sua fé em um mundo melhor, mais digno e, sobretudo, menos desigual. Pastor modelo de sua geração, Dom Celso firmou-se como referência para o Episcopado Brasileiro. Seu trabalho e boas obras devem ser apresentados para os jovens de nosso tempo, independentemente da vocação religiosa. Apesar da grande perda, o legado espiritual e religioso de Dom Celso continua entre nós e nos guiará para que continuemos o trabalho que ele conduziu. O bom pastor Dom Celso ficará para sempre em nossos corações. (Marconi Perillo, governador do Estado de Goiás)

Sobre rotina e felicidade!

Por Thiago Mendes
Jávier, o aprendiz, está tirando água do poço quando Álih, seu guia, se aproxima. O jovem parece cansado. “Sinto-me entediado e confuso”, diz enquanto gira a manivela do engenho de água. “O que está havendo?”, o guia tem o tom tranquilizador de sempre. “Temos repetido as mesmas tarefas todos os dias, há pouca evolução espiritual. Penso que se tivéssemos uma variedade maior de atividades, eu aprenderia mais rápido”. O velho pigarreia. “Vou te fazer uma pergunta: você está aqui na beira do poço por causa da água ou do balde e da corda?” “Da água”, disse. O velho volta a falar. “Então tudo é novo. O verdadeiro sábio é aquele que aprende a perceber os detalhes da rotina. Não existe repetição. Se está aqui pela água, lembre-se: ela não é a mesma, nunca foi. Evoluir espiritualmente nem sempre significa aprender um número maior de coisas. O mais importante é praticar o que já sabe. E é nesta aparente repetição que evoluímos.” O guia se levanta e deixa o rapaz que continua girando a manivela. Ele não disse mais nada, mas aprendeu algo importante: se a água nunca foi a mesma, tudo é novo. (Thiago Mendes é autor do livro “As coisas que a vida esqueceu de me ensinar”. Adquira pelo telefone: (62) 3924-0250)

O voo dos Capa Negra

Por Cristiane Lisita
A indumentária estudantil em Portugal nos seus primórdios foi caracterizada pela influência dos clérigos. Desde o século XVI a veste representava um certificado honroso entre a categoria. Os demais alunos buscavam estar de forma assemelhada àqueles, cujas fardagens se desdobravam até o chão, tentando evitar olhares atentos. A batina, de cor negra, englobava a capa e a túnica, transmitindo a abnegação ou altruísmo, a morte para o orbe terrestre. A roupagem teria se consistido em legado que fora disseminado entre os estudantes, conforme acontecia em Coimbra, desde 1718, lembrando que essa Universidade se fixou definitivamente no local, em 1537, por Dom Dinis. Juízos da Revolução Francesa e Iluminismo, no século XVIII, concebem, todavia, uma espécie de movimento anticlerical, se manifestando na época pombalina, quando da reforma da Universidade, em 1772. O liberalismo impregnou uma faceta mais leve ao traje, induzindo a capa a um ideário de magia e heroísmo, não almejando os próprios alunos abdicar de seu uso. Em 1907 tentou-se abolir as capas na universidade, tendo-a como um dos motivos das greves estudantis, como se ela criasse no inconsciente daqueles maiores poderes. A publicação do Decreto nº 10.290/1924, procedeu na nacionalização da capa e batina nas escolas e ensino superior como Traje Nacional do Estudante Português, claro, que com as devidas adequações. Todos os anos, centenas e centenas dos Capa Negra se alçam em voo se desprendendo das fitas coloridas das praxes, dos anos investidos no banco da faculdade, entre lembranças dos dias, dos meses, dos anos em que se fazia necessário estar longe da família encravada numa aldeia distante, ou quiçá de um momento em que um almoço ou jantar se teria suprimido, pois o dinheiro não fora suficiente. Mas também se lembrarão dos instantes em que compartilharam um quarto com o amigo, que lhe estendera a mão no ombro quando preciso. Recordar-se-ão, ainda, das noites não dormidas, do fado em regozijo em cada canto, em cada serenata e das malas carregando sonhos, algumas poucas roupas, entre o trem da estação e os sapatos avelhantados em direção aos becos. Todos os anos, centenas e centenas dos Capa Negra se alçam em voo nas mantilhas passadas tantas vezes de geração em geração, puídas pelo tempo, arquivando histórias e memórias, imbuídas de incontáveis significados. A capa há de permanecer íntegra. Seus possuidores também. A Queima das Fitas terá emancipado os calouros e marcado o fenecimento de uma etapa estudantil para os veteranos. O voo dos Capa Negra estará sempre no imaginário lusitano. Muito além das façanhas do Batman, os Capa Negra voejam para um mercado de trabalho ínfimo e têm a missão heroica de combater e afugentar os curingas que ambicionam a todo custo aniquilar a venerável “Golden City”. (Cristiane Lisita é jornalista, advogada e escritora)

O que o Papa diz

Por Luiz Augusto
Ignorância, conveniência, má fé ou simplesmente falta de temor a Deus. Ainda não entendi o que realmente move tanta gente boa, inclusive “cristãos”, afirmar que o Papa Francisco aceita união homossexual e tantas outras atitudes contrárias ao Evangelho de Jesus Cristo, agravadas pela omissão diante do pecado. Por isso, tomo a liberdade de transcrever a entrevista do Papa Francisco, que, com certeza derruba toda falsa consideração. A ternura e a misericórdia são o centro do Evangelho. Caso contrário, não se entende Jesus Cristo, a ternurado Pai que envia para nos ouvir, para nos curar, para nos salvar. Nunca compartilhei a ideologia marxista, porque não é verdadeira, mas conheci muitas pessoas boas que professavam o marxismo. Quero dizer duas coisas. Os casos de abusos são terríveis, porque deixam feridas profundas. Bento XVI foi muito corajoso e abriu um caminho. A Igreja, nesse caminho, fez muito. Talvez mais do que todos. As estatísticas sobre o fenômeno da violência contra as crianças são impressionantes, mas também mostram com clareza que a grande maioria dos abusos ocorre no ambiente familiar e na vizinhança. A Igreja Católica talvez seja a única instituição pública que se moveu com transparência e responsabilidade. Ninguém mais fez mais. No entanto, a Igreja é a única a ser atacada. O Evangelho condena o culto ao bem estar. O pauperismo é uma das interpretações críticas. Na Idade Média, havia muitas correntes pauperistas. São Francisco teve a genialidade de colocar o tema da pobreza no caminho evangélico. Jesus diz que não se pode servir a dois senhores, Deus e a Riqueza. E, quando formos julgados no juízo final (Mateus 25), vai importar a nossa proximidade coma pobreza. A pobreza afasta da idolatria, abre as portas para a providência. Zaqueu devolve metade da sua riqueza aos pobres. E a quem tem os celeiros cheios do próprio egoísmo, o Senhor, no fim, apresenta a conta. A globalização salvou muitas pessoas da pobreza, mas condenou muitas outras a morrer de fome, porque, com esse sistema econômico, ela se torna seletiva. A globalização na qual a Igreja pensa, não se assemelha a uma esfera, em que cada ponto é equidistante do centro e em que, portanto, se perde a peculiaridade dos povos, mas sim a um poliedro, com as suas diversas faces, pelas quais cada povo conserva a sua própria cultura, língua, religião, identidade. A atual globalização “esférica” econômica e, sobretudo, financeira, produz um pensamento único, um pensamento fraco. No centro, não hámais a pessoa humana, somente dinheiro. A família que atravessa uma crise muito séria. É difícil formá-la. Os jovens se casam pouco. Há muitas famílias separadas, nas quais o projeto de vida comum fracassou. Os filhos sofrem muito. Devemos dar uma resposta. Mas, para isso, é preciso refletir muito profundamente. É o que o Consistório e o Sínodo estão fazendo. É preciso evitar ficar na superfície. A tentação de resolver todos os problemas com a casuística é um erro, um simplificação de coisas profundas, como faziam os fariseus, uma teologia muito superficial. É à luz da reflexão profunda que poderão ser enfrentadas seriamente as situações particulares, mesmo a dos divorciados, com profundidade pastoral. Eu nunca compreendi expressão “valores inegociáveis”. Os valores são valores, e basta, não posso dizer que entre os dedos de uma mão haja um menos útil do que os outros. Por isso, não entendo em que sentido possa haver valores inegociáveis. O matrimônio é entre um homem e uma mulher. Os Estados laicos querem justificar as uniões civis para regular as diversas situações de convivência, impulsionados pela exigência de regular aspectos econômicos entre as pessoas, como, por exemplo, assegurar a assistência de saúde. Trata-se de pactos de convivência de varias naturezas, dos quais eu não saberia elencar as diversas formas. É preciso ver os diversos casos e avalia-los na sua variedade. A questão não é a de mudar a doutrina, mas sim de ir fundo e fazer com que a pastoral leve em conta as situações e o que é possível fazer pelas pessoas. (Pe. Luiz Augusto F. da Silva, Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus)

A guerra suja contra o amianto

Por Marina Júlia de Aquino
Desde que a disputa pelo mercado de telhas no Brasil se transformou em uma guerra comercial, a poderosa indústria multinacional de fibras artificiais passou a disseminar a ideia de que a população corre risco de contrair doenças se adquirir qualquer produto contendo fibra de amianto, tanto faz se telha ou caixa d’água. Quanto mais medo, tanto melhor, isto sim se tornou realmente contagioso. E perigoso. O assunto interessa a todos, e merece esclarecimentos, diante do seguinte quadro: mais de 25 milhões de residências no Brasil estão cobertas com telhas de fibrocimento com amianto. Isto basta para explicar o apetite da concorrência internacional por essa fatia do mercado. Mas não justifica os métodos para obtê-la. Preocupado com o assunto, o Supremo Tribunal Federal (STF) reuniu há pouco mais de um ano cientistas e especialistas do mundo inteiro para uma audiência pública. Nela, foram apresentados, com toda liberdade, argumentos prós e contra o produto. No final, restou claro que o Brasil está no rumo certo ao permitir, na forma da lei, o uso do amianto crisotila na indústria, e que não se pode trocar o certo pelo duvidoso, como bem fundamentou o ministro Marco Aurélio, coordenador da audiência, ao proferir seu voto. Não há registro, no mundo inteiro, de pessoa contrair doença por usar produtos com amianto, inclusive caixas d’água. O amianto crisotila é um produto natural, presente em dois terços da crosta terrestre, nos leitos dos rios, riachos, lençóis freáticos e até no ar que respiramos. Como se não bastasse, o nosso país possui a mais rigorosa legislação de que se tem notícia sobre uso, controle e transporte desse produto. Os problemas que existiam correspondem ao passado, quando muitos países adotaram uso do amianto tipo anfibólio, uma variedade mais resistente e prejudicial à saúde humana. A Europa, por exemplo, não só usou, como também exportou esse tipo, expondo milhares de trabalhadores às fibras nocivas até se dar conta do problema. A produção brasileira atual é exclusivamente de amianto crisotila, dentro de controles que superam até mesmo as exigências da Lei, provando que existe, sim, limite seguro, graças ao desenvolvimento de técnicas que tornaram-se referência mundial. Já com relação às fibras artificiais conhecidas pelas siglas PP e PVA, não se pode dizer o mesmo. Sabe-se, de saída, que sendo derivadas de petróleo, são poluentes, levando a Organização Mundial de Saúde (OMS) a afirmar, publicamente, que elas oferecem risco indeterminado à saúde humana. Mesmo assim, numa típica propaganda enganosa, vendem-se esses produtos como “ecológicos” e “recicláveis”. É o mesmo que dizer que saco plástico faz bem à natureza. Como todos sabem, um saquinho esquecido no chão demora até 450 anos sem se decompor. Já um pedaço de borracha fica por tempo indeterminado. Outra falácia é a de que o amianto já foi proibido em “mais de 50 países”, sem informar que a proibição se deu onde o amianto do tipo anfibólio foi usado sem qualquer controle, e que outros 150 países adotam o tipo crisotila sem maiores problemas, inclusive as nações mais desenvolvidas do mundo, como os Estados Unidos, o Canadá e a Alemanha continuam usando. Sobre os impactos de uma proibição, é preciso levar em conta, em primeiro lugar, as populações de baixa renda, que serão obrigadas a adquirir um produto caro e de baixa qualidade. Segundo, a indústria, que será submetida a uma dependência sem precedentes de resinas plásticas derivadas de petróleo manipuladas por empresas estrangeiras, como demonstrou estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Terceiro, de ordem socioeconômica, vai afetar uma cadeia produtiva que emprega mais de 170 mil pessoas. Por tudo isso, uma reflexão ponderada e não emocional nos leva a concluir que, nessa questão, se há algo a ser banido é a desinformação, própria de uma guerra suja. (Marina Júlia de Aquino, presidente do Instituto Brasileiro do Crisotila (IBC))

Setor Coimbra e suas potencialidades

Por Mário Ghannam
São positivas determinadas informações como recentemente publicadas que Goiás de acordo com dados fornecidos pelo CAGED (Cadastro Geral dos Empregados) do ministério do Trabalho situa-se na 5ª colocação na criação de empregos no Brasil superando Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Espírito Santo, Ceará, Distrito Federal e outros, isso no mês de Abril com 10600 inclusões. O Estado de Goiás realmente vem se qualificando como atrativo em se comparando com as demais regiões em decorrência aos aspectos climáticos, localização e incentivos fiscais injetados pelo Governo Estadual incluindo-se nesse contexto as obras de infraestruturas como recuperação e asfaltamento de estradas, viadutos, aeroportos de carga e descarga e muitas outras obras. O empenho do Governo Federal para a agilização da Ferrovia Norte Sul com inauguração do trecho entre Anápolis e Porto Nacional foi um marco vitorioso e deixando a esperança que toda obra será concluída. Goiás realmente vem transformando-se em um canteiro de obras e temos que enaltecer a parceria entre o Governo Federal e Governo Estadual que é republicana deixando de lado as picuinhas político partidárias. Havemos de reconhecer que Goiás e os goianos estão acima de siglas partidárias que às vezes formam-se e dissolvem-se como nuvens, mas as posições corretas e firmes das autoridades eternizam-se em ações e benefícios produtivos. Os benefícios que Goiânia, Anápolis e Aparecida de Goiânia vem recebendo ultimamente empolgam a todos nós e aguardamos que as outras cidades também sejam agraciadas muito em breve. Após esse decorrido é necessário enfocar o importante papel do empresário do comércio e indústria que vem apostando fortemente em Goiás contribuindo para a consolidação de todos os investimentos injetados. Gostaria de destacar nesse artigo, sem desmerecer outros empresários, o senhor Pedro Otoniel de Magalhães esse jovem goianiense empreendedor, fundador do grupo Eletro Transol uma das maiores distribuidoras de materiais elétricos do Brasil e que começou a trabalhar aos 10 anos de idade. Essa empresa pelo que pesquisamos iniciou suas atividades em 1986 e operava com comércio de peças e material para reparo de motores, transformadores e geradores de energia elétrica. Com o tempo o jovem empresário Pedro Otoniel percebeu que além de reparo, ele agregou ao estoque os motores elétricos e geradores de energia novos. “os motores modernos possuem um desempenho maior e um menor consumo de energia, favorecendo o payback mais rápido se comparado ao da manutenção “afirmando Pedro em sua oferta ao cliente, e tudo que pudesse complementar o atendimento aos parques industriais do Brasil. A implantação de linha de produção de painéis de distribuição de energia elétrica, feitas sob encomenda e mediante um projeto de engenharia, foram ganhando espaços nas obras públicas, industriais e na construção civil. A Eletro Transol atualmente vem atuando em cinco frentes ou seja Distribuição de materiais Elétricos, Divisão de Engenharia, Divisão de serviços, Autoserviço e Iluminação Decorativa. Pedro inovou na Eletro Transol dedicando uma área especializada de autoserviço, onde o consumidor escolhe o produto na prateleira e leva ao caixa. Para atender a projetos especiais de iluminação, a Eletro Transol criou a Divisão de Iluminação Decorativa, com o foco no atendimento a arquitetos e decoradores. Para essa divisão, a loja oferece um show room com suporte de profissionais especializados e um ambiente de demonstração de efeitos luminotécnicos. Procurei discorrer sobre essas particularidades dessa empresa com o intuito de enaltecer o grande investimento que foi realizado no setor coimbra recentemente, com a implantação da sede da Eletro Transol em uma área de 15 mil m² com 7,5 m² de construção em um local que pertencia a CELG e estava praticamente abandonado. Surge no Setor Coimbra na Av. Castelo Branco onde resido ha 50 (cinquenta) anos apos me mudar de Campinas, um empreendimento que não feriu o Plano Diretor de Goiânia, não causou impacto de transito e de vizinhança e também não incorporou vias publicas(ruas) e que impõe pela beleza arquitetônica. São iniciativas assim que nos temos que enaltecer e registrar e que as autoridades tem que reconhecer, pois o Setor Coimbra realmente valoriza-se cada vez mais. Como ex-vereador e presidente da Câmara de Goiânia, como também ex-Deputado Estadual, alem de ter contribuído na implantação da CEASA como presidente da empresa, me comprometo a dirigir-me a população goiana sempre que encontrar motivos marcantes como desse jovem empresário Pedro Otoniel de Magalhães que merece todas considerações e apreço. Sabemos que e difícil comandar uma empresa como a Eletro Transol em Goiânia e mais ainda administrar um complexo Brasil afora como filiais em Ribeirão Preto/São Paulo, Belém/Para, Campinas/São Paulo, filial em São Paulo Curitiba/Paraná e Salvador/Bahia. Siga em frente Pedro que a população goiana haverá de reconhecer o seu sucesso empresarial. Obs.: recorri a informação do grupo Fonseca Mauro Monteiro e Advogados Associados para o complemento do material. (Mário Ghannam foi administrador dos mercados e feiras de Goiânia; presidente da CEASA/Goiás; Associação Brasileira da CEASA; Associação Sulamericana; ex-vereador e presidente da Câmara Municipal de Goiânia; Deputado Estadual; diretor-geral - OVG; ex- presidente – Jóquei Clube de Goiás)

São Jorge - O Santo Guerreiro defensor da fé cristã

Por Marcos Antônio de Oliveira
Um dos maiores Santos Populares da Santa Igreja tem lugar de destaque nas festividades porque é um dos mais importantes mártires do cristianismo. Na tradição Oriental o chama de “Grande Mártir” e o Ocidente, de Defensor da Fé. Tudo se inicia ainda no século III D.C., no governo do Imperador Romano, Diocleciano. Existia um soldado de nome Jorge, de família cristã, temente a Deus. Jorge era da Capadócia (atual Turquia) e se mudou para a Palestina junto com a sua mãe, viúva. Entrou para o exército e foi promovido a capitão do exército romano por mérito. Era muito dedicado e apresentava habilidade incomum. Estas virtudes lhe valeram o título de conde pelo imperador oficializando como chefe da guarda. O imperador Diocleciano desejava matar todos os cristãos, contrariando Jorge que questionou o imperador, defendendo com ousadia a fé no senhor Jesus Cristo, a quem disse em voz alta que era a verdade, e que ele era o servo do redentor Jesus, e nele confiando para dar testemunho da verdade. Mesmo assim, o imperador tentou fazê-lo desistir da fé através de várias torturas, São Jorge não fraquejou e firmou a palavra de que não renegaria que era e continuaria a ser, servo de Jesus em troca de adorar ídolos. Indagado por um Cônsul sobre a origem de sua grande ousadia, Jorge respondeu-lhe que era por causa de Cristo Jesus como vida, caminho e verdade. O Imperador prometeu recompensar Jorge se ele venerasse e sacrificasse aos ídolos, lhe daria honras e muitos bens. Portanto, só havia um jeito de Jorge continuar vivo: Negar a sua fé em Cristo e passar o adorar as imagens dos deuses romanos. Encontramos nos Salmos (135:15-17) “Os ídolos das nações são de prata e ouro, obra das mãos dos homens. Tem boca mais não falam; tem olhos, mais não vêem; tem ouvido, mas não ouvem.” Este versículo é confirmado no livro de Jeremias (10:15). Diante da negação de Jorge mantendo fiel a Cristo em favor dos cristãos, essa atitude provocou ódio do imperador mandou prender e jogar Jorge em cárcere, onde foi oito vezes torturado de vários modos. Foi levado em seguida a um lugar destinado a ser degolado mas, antes de receber o golpe fatal, São Jorge prostrou-se diante de Deus e orou com seus olhos fixos ao alto, dizendo: “Meu Deus, em vossas mãos entrego a minha alma e vos rogo, que todos os lugares que festejam a minha memória, nada de mal, de mágoa, de tristeza lhes aconteça, livrai-os e protegei-os das ciladas do inimigo, suas manobras e seu domínio, a fim de viverem auxiliados e amparados por vosso amor e graça, para sempre. Ao terminar, ele inclinou a sua cabeça sobre uma coluna de pedra, com gesto de humildade e entregou-se ao carrasco, ele decapitou a sua cabeça com uma espada no dia 23 de abril de 303. Sua sepultura está na cidade de Lídia, Cidade de São Jorge, perto de Jerusalém, na Palestina. Acima de sua sepultura, foi erguida uma Igreja em seu nome, no século IV e existe até os nossos dias e é visitada por milhares de pessoas. São Jorge é visto como verdadeiro guerreiro da fé. Venceu batalhas contra o mal e por isso, sua imagem mais conhecida é dele montado num cavalo branco, vencendo um grande dragão. Este santo convida a todos a seguir Jesus sem renunciar ao combate. A explicação do dragão é uma lenda dentre outras. Diz à lenda que um dragão medonho saía das profundezas de um lago batia contra os muros da cidade matando pessoas com seu mortífero hálito. Para afastar o monstro, as populações do lugar lhe ofereciam jovens vítimas, pegas por sorteio. Um dia a filha do Rei foi a sorteada a ser oferecida em comida ao monstro. O Monarca, impotente acompanhou-a chorando até às margens do lago. Parecia que tinha chegado o fim para a princesa, quando inesperadamente surgiu o cavaleiro vindo da Capadócia. Era São Jorge, que tirou a espada e destruiu o dragão em vários golpes. O dragão virou um cordeirinho, que a jovem princesa o levou para dentro dos muros da cidade. O cavaleiro São Jorge gritou dizendo que tinha vindo em nome de Cristo para vencer o dragão e que todos deveriam se converter e ser batizados. Esta lenda para nós cristãos é um símbolo. O Dragão que devorava as vítimas, representava o Diabo encarnado na pessoa do Imperador Deocleciano, que torturava e matava os cristãos inocentes. A princesa, filha do rei, representava a santa Igreja, seus amados filhos e membros. Esta princesa de Cristo foi protegida e salva pela fé firme e defesa de São Jorge. Tanto no Oriente e o Ocidente existem milhões de devotos de São Jorge onde prestam homenagens e propagam sua poderosa intercessão e além de milhares de Igrejas como: Lida Palestina, Jerusalém, Síria, Líbano, Chipre, Egito, Constantinopla, Grécia, Roma, Rússia, Inglaterra, França, Polônia, Armênia, Alemanha, Brasil onde temos, em vários estados brasileiros, Igrejas que foram erguidas em memória e honra de São Jorge. Temos em Campo Grande-MS, Rio de Janeiro-RJ, Taguatinga-DF, Guarapari-ES, Fortaleza-CE e Aparecida de Goiânia onde se encontra nossa Paróquia Ortodoxa São Jorge na oportunidade iremos homenagear o São Jorge neste Sábado 31 de Maio às 19hs com Devocional e Domingo 01 de junho às 19hs com Santa Missa e oração pedindo a Deus a recuperação da saúde de todos os enfermos. Todos estão convidados! Que sua memória seja eterna na Glória de Deus Pai e no coração dos devotos fiéis de Santo Jorge Poderoso! (Diácono Marcos Antônio de Oliveira, Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia, Paróquia Ortodoxa São Jorge - Aparecida de Goiânia)

MEJ Goiano: escola de empreendedores

Por Jéssika Marcolino Silva
Conhecido como MEJ e gerido por jovens universitários em busca de impactar o ambiente que esteja inserido, o Movimento Empresa Júnior surgiu há 26 anos no Brasil e desde então vêm formando jovens empreendedores por meio de suas experiências no mercado de trabalho, em paralelo com o que é aprendido em sala de aula. Este movimento é comporto por universitários capacitados, que engajam na criação de empresas juniores (EJs) com a finalidade de oferecerem serviços de qualidade com preços acessíveis ao mercado. Em busca de oferecer suporte às federações já existentes no movimento, surge em 2003 a Confederação Brasileira de Empresas Juniores (Brasil Júnior), e em 2009 posiciona como representante legitima da rede de EJs no brasil e prepara o MEJ para buscar grandes desafios, transformando a forma de enxergar a educação empreendedora no país. Em junho de 2012 surge a Federação Goiana de Empresas Juniores (Goiás Júnior), sendo a principal agente representativa do movimento empresa júnior no Estado de Goiás, primando pelo fomento e articulação de suas empresas juniores, bem como pela difusão dos valores do MEJ. A federação tem a missão de representar, regular e potencializar o Movimento Empresa Júnior no estado, promovendo a integração e o desenvolvimento das empresas juniores e da sociedade goiana. A transparência, o empreendedorismo, a liderança e a ética são seus principais valores. Algumas cidades goianas são contempladas pelo movimento, como por exemplo a empresa ELO Engenharia Júnior, gerida por estudantes dos cursos de Engenharias da UFG (situada em Goiânia), a Humaniza Consultoria Júnior em Gestão de Pessoas, gerida por estudantes do curso de Psicologia da UFG (situada na cidade de Jataí) e No Campo Júnior, gerida por estudantes dos cursos de agrarias da UFG (situada na cidade de Jataí). Essas empresas juniores são legalmente regulamentadas, federadas e confederadas. Várias outras se encontram no processo de estruturação e federação. Esses jovens universitários possuem uma formação diferenciada, pelo fato de conciliarem a teoria estudada em sala de aula com a prática, por meio de projetos e demais atividades desenvolvidas nas empresas juniores, que proporcionam também o trabalho em equipe, organização de eventos e realização de ações beneficentes para a comunidade, fazendo com que o estudante adquira uma formação empreendedora e a comunidade seja beneficiada com serviços a preço acessível e de qualidade. (Jéssika Marcolino Silva, diretora de comunicação da Federação Goiana de Empresas Juniores - Goiás Júnior)

Catalão: Eleição sem fim

Por Fernando Safatle
A disputa eleitoral em Catalão é tão acirrada que parece não ter fim. As eleições em todo o pais já terminaram, mas aqui em Catalao não: já estamos no quarto turno. O primeiro turno foi às eleições propriamente ditas, em outubro de 2013 O segundo turno veio com a decisão judicial sobre a posse do Jardel Sebba. O terceiro turno veio em decorrência da famigerada decisão do Juiz Everton que cassou o prefeito Jardel e de imediato deu posse ao presidente da Câmara causando um pandemônio na cidade. O quarto turno foi decidido na ultima segunda feira com a decisão unanime do TER não dando provimento a ação de cassação. Entretanto, se a oposição recorrer ao TSE pode ir para o quinto turno das eleições de 2013 e assim vai se arrastando indefinidamente as eleições mais longas da historia de Catalão e, quica, do Brasil. Tudo isto é fruto, evidentemente, do inconformismo da oposição com a derrota eleitoral que sofreu em 2013. Uma eleição que Adib contava como certa, com o inhambu na capanga, como se diz por estas bandas. Contudo, a prepotência e arrogância o derrotaram. Desdenhou de alianças e forçou a mão em cima do PT impondo goela abaixo uma intervenção descabida. O troco veio a galope. Abriu se uma dissidência no PT e a corrente majoritária acabaram apoiando Jardel. Agora, como ironia da historia, o PT rompe a aliança com o PMDB a nível regional e lança candidato próprio a governador do estado. A confusão que aprontaram com o PT em Catalão não serviu para nada, pois, alem de ajudar a derrota-los nas eleições municipais se dividiram para as próximas eleições para governador. A intolerância e inconsequência em relação ao resultado das eleições de 2013 alem de ter prejudicado ele próprio e seu partido o PMDB prejudica, sobretudo, a população da cidade. A cada turno que ele perde mais desgaste político Adib sofre vendo seu capital político se esfarinhando com cada derrota. Se tivesse seguido o conselho do Haley Margon, que segundo contam, teria dito para fazer como ele fez quando perdeu para o Eurípedes as eleições de 1996: acatar a vontade popular expressa nas urnas e cuidar de seus interesses. Se tivesse escutado esse sábio conselho quem sabe, talvez, Adib tivesse preservado seu capital político e, assim, provavelmente estaria em melhores condições de enfrentar novos embates eleitorais. Mas, como faz, demonstrando uma enorme contrariedade e estranho inconformismo com o resultado das eleições somente fortalece sua imagem de político presunçoso e arrogante, o que não é bom para nenhuma biografia. Por outro lado, isso tem gerado uma insegurança jurídica na população da cidade que a prejudica em vários aspectos. A administração não consegue se deslanchar, os fornecedores ficam intranquilos com a permanência da atual administração não participando inclusive de licitações, o que dificulta o fornecimento regular de material de manutenção e custeio. Segundo relato do secretario da administração essa insegurança jurídica chegou a tal ponto que acabou por ocorrer uma licitação deserta, ou seja, nenhum fornecedor compareceu em determinada licitação. Os prejuízos, portanto, são enormes para a administração e, em consequência, afetando, em ultima instancia a própria população. Não foi por acaso que um Juiz no Pleno que julgou a ação de cassação do prefeito Jardel declarou em alto e bom som: “precisam acabaçar com essa picuinha em Catalão” Que o recado do Juiz sirva para alguma coisa. De resto, o prefeito Jardel Sebba diante desse resultado favorável precisa aproveitar um novo cenário político na cidade e promover mudanças administrativas que ele tem consciência que necessitam ser realizadas. O momento é este e tocar a bola para frente. (Fernando Safatle, economista - fernando.safatle@gamil.com)

Preservando a esperança de paz

Por Natal Alves França Pereira
A evolução humana, ou antropogênese, é a origem e a evolução da Homo Sapiens como espécie distinta de outros hominídeos, dos grandes macacos e mamíferos placentários. Os termos citados foram coletados dos registros e informações de estudiosos e científicos. Por não ter um embasamento técnico científico sobre o assunto pretendo realizar uma abordagem e emitir minhas opiniões apenas pelo olhar de um “ser humano” que preserva a esperança de paz para os habitantes deste mundo. A humanidade sofre desde os primórdios da existência humana na terra. Desde os nossos antecessores até os nossos contemporâneos as dificuldades não foram e não são de fáceis superações: animais ferozes e devoradores; mudanças na natureza em formação e evolução; guerras entre os povos; explorações dentro da própria espécie; falta de recursos diversos; falta de condições básicas possíveis e negadas ou não disponibilizadas; destruição dos bens da natureza e vários outros problemas passados e atuais. Naturalmente, hoje a sociedade é mais consciente dos seus direitos e os exige, embora, nem sempre cumpra suas obrigações e deveres. Quase diariamente percebemos atos e fatos que não compreendemos, não entendemos ou, não concordamos. Em algumas situações nos manifestamos e até somos capazes de dizer: “Se um de nós se cala...”. Sem intenção crítica ou política, proponho manter a esperança de paz. “O Homem de Nazareth” ensinou e amou tanto; com tanta sabedoria e naturalidade; de uma maneira tão profunda que o tornou único, insuperável e o maior líder de todos os tempos. Seus ensinamentos são perenes, devemos segui-los para iluminar os nossos caminhos, endireitar nossos passos e agirmos com mais responsabilidades por todos. Independente da visão teológica, sabemos que não vivemos isolados, precisamos perceber que bate um coração ao redor de cada um: é um irmão; um bairro; uma cidade; um país; um continente; toda a terra a palpitar como um canto triste e sem calor, esperando a aurora despontar e dias melhores de paz e harmonia surgirem. Não é utopia, se semearmos a paz, a esperança renascerá mesmo que seja com suor e sofrimento, um mundo novo nascerá. Com ele encontraremos a paz em toda a terra, a guerra será extinta e garantirá eternamente a vida plena, é possível realizar esse sonho. Mesmo que haja insatisfações com a Copa FIFA de Futebol ou com as assistências às necessidades básicas da população, ocorram greves no transporte coletivo e outros setores, aconteçam protestos e manifestações, “vai, semeia a paz e então verá, o mundo novo nascerá”. Há mais de dois mil anos ele disse “apascenta minhas ovelhas”, podemos perceber que aquelas palavras do Mestre dos Mestres continham uma orientação moderna e aplicável para os nossos dias não é verdade? Em um dos maiores ensinamentos ele disse: “Amai-vos uns aos outros como eu vos tenho amado”, como ele não estamos conseguindo, mas, precisamos nos esforçar para nos amarmos mais e colocar em prática pelo menos um pouco da determinação: “Amai ao próximo como a ti mesmo”. (Natal Alves França Pereira, servidor público, formado em Ciências Contábeis, filiado à Associação Goiana de Imprensa)

O porquê da fila no SUS

Por Adriano Maltez
Pode-se dizer que existe uma fila crônica para os usuários do SUS. Pessoas frequentemente esperam por consultas médicas, exames, cirurgias, tratamentos complementares (fisioterapia, fonoaudiologia, etc.) por semanas, meses ou anos (em alguns casos). Um dia desses parei para refletir sobre o porquê de tanta espera. Há número insuficiente de profissionais da saúde no país? Não. Os profissionais da saúde são maus? São pessoas que têm prazer em ver o sofrimento alheio? São inescrupulosos a ponto de fazer restrições de atendimento para forçar que o usuário busque o atendimento privado? Não. Profissionais de saúde têm por princípio o cuidado com o ser humano e a busca pelo alívio de seu sofrimento. Conheço inúmeros médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, farmacêuticos, biomédicos e outros e posso afirmar-lhes que a grande maioria é de pessoas de bons princípios, treinados para ajudar e socorrer aqueles que necessitam de seus cuidados. Então, por que a fila, que já tornou-se crônica, quase institucionalizada? Os usuários do SUS não são diferentes dos usuários dos planos de saúde ou daqueles que podem pagar pelos procedimentos: seus casos não são mais complicados, não são mais feios ou mais bonitos, não são mais mal-educados ou mais deselegantes, não são mais mal-cheirosos ou bem-cheirosos que os usuários do sistema de saúde complementar. Então qual é a explicação? A tabela de procedimentos do SUS prevê em abril de 2014 o valor de R$10,00 (dez reais) por uma consulta com médico especialista (neurologista, cardiologista, cirurgião vascular, por exemplo). O tempo de estudo para se tornar um especialista atualmente é de cerca de 10 anos: 6 anos de faculdade, 2 anos de residência em clínica médica e mais 2 anos na especialidade. Sei de pessoas que estão há 2 anos aguardando por cirurgia em hospitais públicos de nossa capital. A seguir serão apresentados os valores pagos pelos serviços profissionais de algumas cirurgias conforme previsto na tabelo do SUS (abril de 2014). Importa explicar que os valores apresentados destinam-se ao pagamento do trabalho do cirurgião principal, cirurgião auxiliar (quando necessário) e anestesista, isto é, o montante será dividido entre os três médicos. Cabe lembrar também que o valor a ser pago é o estabelecido para pagamento pelo ato cirúrgico e pelos cuidados pós-operatórios, independente de o médico ter que cuidar do paciente por um dia ou por uma semana internado. Cirurgia de hérnia inguinal: R$146,96 (cento e quarenta e seis reais e noventa centavos). Colecistectomia vídeo-laparoscópica (retirada da vesícula biliar por vídeo-laparoscopia): R$171,78 (cento e setenta e um reais, e setenta e oito centavos). Hemorroidectomia (cirurgia de hemorróidas): R$124,84 (cento e vinte e quatro reais e oitenta e quatro centavos. Apendicectomia (cirurgia de retirada do apêndice, em pacientes com apendicite) R$161. Queria que o conteúdo deste artigo chegasse ao conhecimento dos quase 150 milhões de brasileiros, que são usuários do SUS e ao restante da sociedade, que está diretamente ligada a esses usuários. Faço aqui, caros leitores, reflexões acerca de uma das maiores riquezas que um ser humano pode ter e que deve preservar: a saúde. A Medicina ensinou-me que para trabalhar, estudar, desfrutar dos momentos de lazer é preciso ter saúde. Sabiamente afirmou René Descartes (filósofo, físico e matemático francês, viveu entre 1596-1650): “A saúde é sem dúvida o primeiro bem e o fundamento de todos os outros bens desta vida”. O SUS – Sistema Único de Saúde – trazido pela Constituição Federal de 1988 e regulamentado dois anos depois, pelas leis 8.080/1990 e 8.142/1990, foi criado para garantir o atendimento gratuito e universal a todos os brasileiros. Os dois melhores investimentos para indivíduos e países são saúde e educação. Temos exemplos de vários países de pequena extensão territorial que graças à saúde e educação de seus cidadãos são altamente produtivos e muito desenvolvidos, como Alemanha, Japão, Inglaterra, França, Israel, Itália, dentre outros. Uma solução possível para resolver o problema de atendimento e filas do SUS seria melhorar o valor dos serviços realizados (TABELA), equiparando-os com os praticados pelos planos de saúde, que já encontram-se bastante defasados, mas ainda significativamente melhores que os da tabela do SUS. Para isso é preciso vontade política e exigência por parte dos usuários. A tabela completa do SUS encontra-se disponível no sítio eletrônico: “http://sigtap.datasus.gov.br/tabela-unificada”, basta procurar em procedimentos. (Adriano Maltez, médico Cirurgião Geral e Cancerologista - Contatos: admaltez@hotmail.com)

Paraíso dos sonegadores

Por Marcos Cintra
O Sinprofaz (Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional) criou em 2003 o “Sonegômetro”, um dispositivo que mostra a estimativa do montante de tributos que escorre pelo ralo sob a forma de sonegação no Brasil. Trata-se de algo nos moldes do “Impostômetro”, criado pela Associação Comercial de São Paulo para divulgar a estimativa da arrecadação tributária no país. Segundo o Sinprofaz, neste ano a sonegação já ultrapassou a impressionante marca de R$ 202 bilhões. Ainda de acordo com a entidade, no ano passado a estimativa do montante sonegado atingiu a marca de R$ 407 bilhões, valor equivalente a 8,4% do PIB ou 22,9% da arrecadação de R$ 1,8 trilhão. O levantamento mostra que os tributos mais sonegados foram ICMS (R$ 95 bilhões), Imposto de Renda (R$ 88 bilhões) e INSS (R$ 83 bilhões). Neste ano em que a disputa eleitoral traz de volta a questão da reforma tributária, os dados do Sinprofaz é uma contribuição importante para enriquecer o debate a respeito do principal problema causado pela complexa estrutura de impostos brasileira. A sonegação tributária é uma das anomalias a serem corrigidas no país, já que gera enorme injustiça social, representada pela compensação da perda de receita através da sobretaxação da classe média. O que se deixa de arrecadar por quem sonega é compensado com mais imposto sobre os assalariados, que têm elevadas retenções diretamente nos holeriths e ainda pagam pesados tributos nos preços dos bens e serviços que consomem. A alternativa para combater a absurda sonegação no Brasil é o Imposto Único sobre a movimentação financeira. A ideia é transformar vários tributos em um. Através dele a cobrança passa a ser automática toda vez que o correntista movimentar sua conta bancária, haveria enorme simplificação do sistema e a carga de impostos seria reduzida porque todos passariam a pagar suas obrigações com o fisco. Com o Imposto Único, a fiscalização torna-se mais simples; os critérios de taxação ficam mais transparentes; os custos por parte do poder público, e também os custos do setor privado vinculados às exigências tributárias, tornam-se menores. A simplificação do processo fiscal é evidente quando toda a arrecadação se concentra em um único tributo, incidente sobre uma única base. O Imposto Único, tomando-se a experiência da CPMF como exemplo, acarretaria a virtual eliminação da sonegação, da corrupção fiscal e da economia informal, com custos administrativos ou de fiscalização pouco significativos. O mais significativo nessa proposta é que a alíquota do imposto pode ser baixa. Apenas 2,8% em cada lado da transação geraria receita equivalente ao dos tributos a serem substituídos. Para evitar que as transações efetuadas em moeda fiquem isentas de tributação, todo saque ou depósito de dinheiro do sistema bancário poderia ser taxado de acordo com uma alíquota que em média reproduzisse o número de transações que se realizasse com essa mesma moeda até seu retorno ao sistema bancário. É através do Imposto Único (PEC 474/01) que o Brasil pode deixar de ser o paraíso dos sonegadores para se tornar um país justo com os contribuintes e que valoriza quem produz. (Marcos Cintra, doutor em Economia pela Universidade Harvard (EUA) e professor titular de Economia na FGV (Fundação Getulio Vargas). Foi deputado federal (1999-2003) e autor do projeto do Imposto Único. É Subsecretário de Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo - www.facebook.com/marcoscintraalbuquerque)

A linguagem dos sentimentos e a Copa do Mundo

Por Barbosa Nunes
No sentido etimológico "sentimento" vem do latim "sentire", que significa perceber pelos sentidos. No sentido genérico designa o estado afetivo por algo, emoção superior. Leio no presente momento o livro "A Linguagem dos Sentimentos", do psiquiatra americano David Viscott, que viveu entre 1938 a 1996 "Summus Editorial". Encontrei na publicação que "nossos sentimentos são nosso sexto sentido, que interpreta, organiza e resume os outros cinco sentidos (audição, olfato, paladar, tato e visão). Os sentimentos nos dizem se o que estamos experimentando é ameaçador, doloroso, lamentável, triste ou alegre. Os sentimentos são nossa reação ao que percebemos e , por sua vez, eles colorem e definem nossa percepção do mundo. Na verdade, os sentimentos são o mundo em que vivemos". Em que mundo estamos vivendo no Brasil? Estamos todos, tristes e indignados, ou pelo menos a grande maioria, pois há uma minoria privilegiada alegre, que se beneficia com a situação do país. Baixa confiança da população nos poderes. Duvida-se da honestidade dos políticos, causada pelos acontecimentos revelados quase que semanalmente, o que aumenta o grau de descrença do eleitor, naqueles que elegeu para representá-lo. Partidos políticos, mais de 30, com programas que nada diferem um do outro. Seus tempos na televisão durante campanha eleitoral são disputadíssimos a peso de ouro. Impunidade. Violência. Sistema de saúde precário. Transporte público infernal e vergonhoso, submetendo o ser humano em especial as mulheres, a constrangimentos, humilhações e vexames. Boi, vaca e outros animais são transportados em incomparáveis melhores condições que um ser humano. Qual é o sentimento do povo brasileiro diante de uma copa do mundo e logo após uma eleição para os maiores cargos da nação? De preocupação, medo, descrença com uma perspectiva que não permite previsão positiva. As informações diárias pela mídia e as análises dos especialistas indicam perigo direto com os desdobramentos dos dois eventos. Pós-eleição, eleito quem for, medidas duras estão sendo antecipadas em comentários pelos analistas das áreas política e econômica. O cidadão vai tendo a sensação de que votar pode não adiantar quase nada, que a participação no pleito será inútil em ambiente de corrupção visível, invisível e refinada, praticada pelos que exercem o poder, causadores dos maiores desvios de nossa história, enfraquecendo a atividade social da nação. Aqui está o perigo de alta abstenção, pois o eleitor está descrente, desmotivado. Meu sentimento quanto à próxima eleição é de que a voz do povo já foi manifestada nas ruas, avenidas e praças. Ela precisa ser ouvida. É indispensável uma reforma política urgente, operacionalizada desde o primeiro dia do próximo governo, viabilizando outras reformas, sem o que, continuaremos aprofundando a crise política em que vivemos. A maior participação na eleição poderá ser mais uma oportunidade de agir em favor das mudanças necessárias, mas é preciso não ser repetidas as tradicionais promessas do horário eleitoral, cuja audiência tem sido menor em cada eleição. Vendem-se mirabolantes planos e soluções para todos os problemas, como se detentores de uma vara mágica. Chegamos a um ponto preocupante com manifestações inadmissíveis, violentas. Queima de ônibus, desrespeito ao patrimônio público, bloqueio nas rodovias e no transporte público, penalizando a população em geral e formando um ambiente que dificulta o bom debate, impossibilitando crescimento da consciência política brasileira. Muitos incentivam nos bastidores e até custeiam os organizadores desses movimentos. Outros querem ser vitoriosos nas eleições adotando o "quanto pior melhor", apostando no caos. Trago a oportuna reflexão do Arcebispo de Belo Horizonte, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, sobre a Copa do Mundo com suas implicações políticas. Mantendo a distinção entre uma e outra, embora agregadas, pontua: "A Copa do Mundo deste ano pode se tornar um dos mais significativos momentos da história sociopolítica do Brasil. O discurso que se ouviu nas ruas, foi um sinal, obviamente com a recusa radical dos lamentáveis episódios de vandalismo, violência e atentados contra o patrimônio público. Historicamente, a sociedade brasileira sempre viveu o tempo da Copa do Mundo, simplesmente como momento de euforia e divertimento. Essa paixão esportiva nacional, com sua força educativa e o gosto que o futebol dá à vida dos torcedores, indica que é preciso conciliar euforia e divertimento com o viés político e social". Conclui que "os fantasmas e ameaças de vandalismo não podem atropelar a oportunidade cidadã de jogarmos pela vida. O coração apaixonado do torcedor, seu sentimento de pertença à pátria, tem agora a oportunidade de agregar entendimentos, discussões, análises e posturas que nos levem não só a vencer no esporte, mas, sobretudo contribuam para o crescimento da consciência cidadã. O cenário político, com a singularidade deste ano eleitoral, precisa ser iluminado pela atenção especial que uma Copa do Mundo mobiliza. Não permitir qualquer tipo de violência é de suma importância, para que manifestações, discussões e outras condutas cidadãs promovam mudanças nos abomináveis cenários de corrupção, exclusão social e desrespeito à dignidade da pessoa". A Copa do Mundo me traz gratas, inesquecíveis recordações. No sonho de minha adolescência em 1958, na minha querida cidade de Itauçu, vibrei ouvindo um dos maiores narradores do rádio brasileiro, Fiori Gigliotti, da Rádio Bandeirantes de São Paulo, partida após partida, até a última, quando o Brasil sagrou-se campeão na Suécia. E hoje? O que posso e devo transmitir aos meus netos Paulo Henrique de Oliveira Brandão e Vinicius Barbosa Puggina? Transmito sentimento de torcida contra o Brasil? Jamais! Na ilusão deles com 9 e 11 anos, devo incentivá-los a torcer como fiz quando criança, embora a eles ainda não haja consciência dos males que esta Copa do Mundo este provocando ao país. Apesar do país estar como se tivesse como presidente da República o senhor Joseph Blatter e como Primeiro Ministro o mal educado Jerome Valcke, apesar dos estádios superfaturados, da submissão aos ditames da FIFA, apesar da seleção ter 19 jogadores que atuam fora do país, estranhos para os torcedores infantis e adolescentes, que na maioria sabem apenas o nome de Neymar, apesar das declarações idiotas de Ronaldo, uma delas afirmando de que não se faz uma copa construindo hospitais, apesar de que até ao final da copa os 12 estádios terem sido entregues à FIFA, deixando de ser território administrado por ordens brasileiras, apesar da FIFA mandar em tudo, impondo a venda nos estádios da substância mais nociva, que é a droga álcool, embora tenhamos legislação proibitiva, devo lembrar que há oito anos atrás, 72% da população aprovou, festejou e vibrou com a decisão da copa vir para o Brasil. Muitos ganharão muito dinheiro, mas muitos perderão pelos investimentos que fizeram, pois já se acusa no comércio a venda pequena de produtos para a Copa e hotéis já noticiam que não haverá lotação superior a 70% dos leitos. Apesar da agressão mostrada pela televisão do quanto é luxuosa a Granja Comary, exagerada em sua reforma com doze milhões de reais e apesar de outras tantas coisas que vão tornando o brasileiro descrente e indignado com esta copa, vou torcer de corpo e alma para o êxito da nossa seleção, lá dentro de campo. Lamentavelmente estamos em clima morno, sem aquela sensação equivalente ao carnaval. Não posso compreender a torcida que contra a seleção, desejando resultados negativos. Para o Brasil será melhor que tenhamos bons resultados e sejamos campeões. Não merecemos mais tristezas. Não merecemos a repetição da tragédia de 1950, perdendo o título aqui em nosso país, na última partida, precisando de um empate, marcando o primeiro gol e no final, o Uruguai campeão, vencendo por 2 x 1. Meu sentimento me prepara e me indica reunir a família, amigos em casa e com os dois netos, torcer fervorosamente, gritando e comemorando cada gol, transmitindo a eles a mesma alegria que tive em 1958, marcada indelevelmente em minha memória, pois esta Copa do Mundo é para ser vista, lamentavelmente enclausurados. Mas estou comprando a seleção brasileira dentro do campo, por ela vou torcer, mas fora de campo, também estou descrente, triste e indignado, pois reafirmo no artigo que aqui escrevi anteriormente, ESTA COPA NÃO É DO BRASIL, É DA FIFA. (Barbosa Nunes, advogado, ex-radialista, membro da AGI, delegado de polícia aposentado, professor e maçom do Grande Oriente do Brasil)

Escritora que passa a história a limpo

Por Antônio Almeida
Goiás possui nomes femininos da mais alta expressão nas áreas da literatura, história e pedagogia. São mulheres que prestam contribuições da maior relevância à evolução e ao desenvolvimento cultural e educacional do Estado, por meio de suas atividades tipicamente intelectuais, como o exercício do magistério e a produção de livros, artigos, teses, ensaios e pesquisas. Repousam em nossa história, dignificando o nome de Goiás, personalidades como a poetisa e contista, Cora Coralina, pseudônimo de Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, que foi considerada uma das principais escritoras brasileiras, embora tenha publicado o seu primeiro livro, Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais, apenas em junho de 1965 aos 76 anos de idade. Na atualidade, uma das mais brilhantes intelectuais em ação no território goiano, a piauiense, querida, respeitada e admirada pela sociedade local, Lena Castello Branco Ferreira de Freitas é uma referência nesse crescimento e afirmação da presença da mulher na esteira das transformações sociais, registradas nas últimas décadas. Ela sempre teve uma presença muito marcante na sociedade e os meios intelectuais pela qualidade de suas pesquisas, a profundidade de suas obras e a dimensão de seus conhecimentos sobre a nossa história. Doutora em História Social, pela Universidade de São Paulo, Lena defendeu a tese as Elites brasileiras e a Escola Superior de Guerra, em 1986. Membro da Academia Feminina de Letras de Goiás, Lena é autora de um dos principais projetos editorais já realizados sobre a história da política goiana: Poder e Paixão – A Saga dos Caiado. Esse livro foi fruto de quinze anos de intensas pesquisas com denso e refinado estudo historiográfico sobre a família Caiado. Uma das mais tradicionais do Estado, essa família teve no ex-governador e ex-deputado federal Totó Caiado, a sua maior expressão, no final do século 19 e início do 20, no período da chamada República Velha. É uma obra que derruba mitos e reconstrói um dos períodos mais efervescentes da política em Goiás, incluindo ascensão de Pedro Ludovico Teixeira, responsável pela transferência da capital da cidade de Goiás para Goiânia. Ela é autora também de vários livros excepcionais, como, Saúde e doenças em Goiás - a Medicina possível, que é uma grande contribuição para a história da medicina goiana; Uma família na história; Arraial e coronel, Dois estudos de história social; Feudalismo e capanguismo e As elites imaturas, dentre outros. Teve intensa atuação no atual Estado do Tocantins, desde muito antes da separação de Goiás, como Conselheira, do Conselho Federal de Educação, do Ministério da Educação. O nosso Estado tem o privilégio de contar com o conhecimento, a experiência, a sabedoria e a capacidade intelectual, dessa grande escritora, ensaísta, pesquisadora, memorialista e educadora. Uma senhora simples e humilde, que possui uma formação moral extraordinária. É titular da cadeira 3, do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás e integra várias outras entidades culturais, sociais e de classe, nacionais e internacionais. Ela colabora também com várias instituições de relevo, como o Tribunal de Justiça do Estado, ministrando palestras educativas sobre temas da maior relevância. Lena é um nome para ser admirado e servir de referência às novas gerações. (Antônio Almeida, vice presidente da Fieg e presidente do Conselho de Responsabilidade Social da Fieg, do Sigego/Abigraf, da Editora Kelps e presidente de honra da Abraxp)

Raimundo, o filho caçula do patriarca Júlio Barbosa

Por Licínio Barbosa
Ele foi o sétimo filho da família Júlio-Luzia, o último varão. Quando nossa mãe faleceu, em dezembro de 1945, Raimundo tinha pouco mais de três anos. Nosso pai decidiu, então, entregá-lo, e a mais dois outros irmãos, aos cuidados da cunhada Francisca, tia Chiquinha, irmã de nossa mãe, até que ele, Júlio, reorganizasse a família, constituindo novo lar, o que somente aconteceu no ano de 1953, quando se fixaria em Conceição do Araguaia, sul do Pará, com todos os filhos reunidos, e uma nova companheira, Dona Afra, que, em breve, iria cativar todos os enteados. Os estudos primários, Raimundo fê-los em Palmeira, sul do Piauí, onde fora sepultada nossa mãe, e, mais tarde, o Ginásio em Anápolis/GO, e o segundo grau em Goiânia/Go, no Colégio Estadual Pedro Gomes, o famoso autor de “Pito Aceso”. Como, por essa época, eu já havia ingressado no Banco do Brasil, em Anápolis, - no ano de 1957 -, Raimundo também decidiu fazer concurso para o BB, sagrando-se vitorioso. E, pela sua inteligência e vigorosa força de vontade, logo faria carreira, integrando a administração do grande banco nas cidades de Palmeiras de Goiás, Edéia, Joviânia e, finalmente, Goiânia, onde exerceria as funções de gerente da Agência Centro, à Avenida Goiás. Nessas suas andanças pelo interior do Estado, residiu, por alguns anos, em Anicuns, onde iria contrair núpcias com Ozana, da tradicional família Cheim, oriunda do Líbano, a Suiça dos países árabes. Dessa feliz união, nasceriam três belos rebentes vigorosos: Aritanan, Simone (falecida quando, noiva, se preparava para o casamento) e Júlio, nome dado em homenagem ao avô, nosso pai. Aposentado do banco, Raimundo passaria a cuidar de dois sítios que adquirira nos município de Anicuns e Turvânia que doaria aos filhos o sítio de Turvânia a Aritanã; e o de Anicuns, ao filho Júlio, o caçula. Raimundo passou, então, a viver de sua aposentadoria, integralmente para a família. Desde quase a nascença, passou a sofrer da vista, cliente, quando em Goiânia, do saudoso oftalmologista Francisco Ayres, e, depois, de sua filha Doutora Marília Ayres, corifeus, então, de sua profissão. Mais tarde, viria a padecer de diabetes, que ele conseguiu controlar, com extrema acuidade e disciplina. Mas não foram somente esses os males de que viria a sofrer. Uma dolorosa colite atormentaria seus últimos dias, a ponto de ele, consultados os melhores médicos do Estado, havia decidido submeter-se a delicada cirurgia, eis que a equipe médica que o assistia o advertira de que poderia advir-lhe o temível volvo, popularmente, chamado de nó-nas-tripas, no dizer popularesco de nossa gente mais simples. A cirurgia transcorreu bem. Mas o pós-operatório lhe foi aziago. Do isolamento na UTI ao semi-intensivo e ao apartamento, retornando à UTI. O organismo não resistiu, vindo a falecer dia 20 de maio. O velório ocorreu no “Cemitério Jardim das Palmeiras”, a partir das 14-h, onde foi alvo de belíssima alocução proferida pela senhora Zanir, esposa do Procurador de Justiça Decil de Sá Abreu, meu ex-aluno na Escola Técnica de Comércio de Anápolis, antes de trilhar a brilhante carreira jurídica, e ascensão política, como prefeito de Anápolis. O sepultamento se deu às 19-h (dezenove horas), na sepultura de sua filha Simone, e de nossa mãe Luzia, cujos restos mortais foram transladados do “Cemitério Santa Luzia”, de Palmeira do Piauí, por iniciativa de todos os irmãos, filhos de Luzia. Cemitério construído pelos filhos de Luzia. Uma multidão de parentes e amigos, de Goiânia, de Anicuns, de Palmeiras de Goiás, de Brasília-DF, e de outras cidades se aglomeravam em torno do féretro, símbolo da imensa simpatia e amizade que Raimundo disseminou por onde passou, em sua luminosa trajetória, tal qual a de nosso pai, o genial Júlio Barbosa. Raimundo, Resquiescat in Pacen! (Licínio Barbosa, advogado Criminalista, professor Emérito da UFG, professor Titular da PUC-Goiás, membro Titular do IAB-Instituto dos Advogados Brasileiros-Rio/RJ, e do IHGG-Instituto Histórico e Geográfico de Goiás, membro Efetivo da Academia Goiana de Letras, Cadeira 35 - E-mail liciniobarbosa@uol.com.br)

Combate ao tabagismo necessita estratégias efetivas

Por Antonio Faleiros
Em 31 de maio é celebrado o Dia Mundial sem Tabaco. Anualmente morrem cerca 6 milhões de pessoas no mundo por causa do tabagismo, considerado fator de risco para doenças crônicas como câncer, doenças cardiovasculares, respiratórias e diabetes. O tabagismo é considerado a principal causa de morte evitável no mundo, pela Organização Muncial de Saúde (OMS). A estimativa é de que um terço da população mundial adulta, cerca de 1bilhão e 200 milhões de pessoas, destas, 200 milhões de mulheres, sejam fumantes. Estudos revelam que cerca de 47% de toda a população masculina e 12% da população feminina no mundo fumam. Nos países em desenvolvimento os fumantes constituem 48% da população masculina e 7% da população feminina. Nos países desenvolvidos a participação das mulheres mais que triplica: são 42% dos homens e 24% das mulheres. Este ano a OMS, segundo a Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (CQCT), chama a atenção dos países para a necessidade da implantar de políticas de aumento de preços e impostos sobre os produtos de tabaco. É uma estratégia efetiva para reduzir o consumo. Estudos apontam que o aumento de impostos e de preços sobre os produtos de tabaco é uma das medidas mais custo-efetivas para reduzir o seu uso, em especial entre os grupos de baixa renda e para prevenir que crianças e adolescentes comecem a fumar. Não é novidade que o cigarro faz mal não apenas para o fumante, mas também para quem respira a fumaça. Entretanto, poucos sabem que os malefícios vão muito além. Alvo de recentes pesquisas, o ‘fumo de terceira mão’ (FTM) oferece riscos, principalmente para os bebês, que entram em contato com as substâncias tóxicas do cigarro ‘grudadas’ em paredes, móveis e chão. De acordo com pesquisa americana, ficou comprovado que o FTM provoca alterações no DNA e favorece o surgimento do câncer. Os resíduos da nicotina provocam lesões e quebram cadeias de DNA. A descoberta foi feita por cientistas do Laboratório Nacional de Lawrence Berkeley (EUA). Após ser expelida, a nicotina passa por reações químicas e se transforma em outras substâncias tóxicas ultrafinas (NNA, NNK e NNN), que penetram com facilidade no organismo por inalação, ingestão ou contato com a pele. Os bebês são as principais vítimas, porque engatinham, tocam várias superfícies e constantemente levam a mão à boca. Em estudo da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, pequenos ingerem diariamente cerca de 0,25 g de poeira, muitas vezes contaminada, o que é o dobro de um adulto. Uma solução que tem apresentado resultados para proteger as crianças em vários países são as leis antifumo. No Brasil, a legislação em vigência sobre tabaco ainda é incipiente. Em todo o mundo, 40% das crianças são rotineiramente expostas ao fumo passivo, apenas 16% da população mundial possuem cobertura por leis antifumo abrangentes. Apesar da incerteza de que as leis de proibição ao fumo em locais públicos poderiam levar os pais a fumar mais em casa, pesquisas revelam que na realidade ocorre o oposto. Políticas antitabagistas têm um impacto direto sobre a saúde das crianças. Leis antifumo fortes podem mudar as normas sociais sobre o tabagismo e as pessoas podem e devem adotá-las em suas próprias casas. (Antonio Faleiros Filho, médico e ex-secretário da Saúde de Goiás)

A prevenção é a chave contra o HPV

Por Helio de Sousa
A eficiência das campanhas informativas sobre saúde pública depende de dois fatores fundamentais. Primeiramente, devem ser abrangentes e didáticas, facilitando o acesso do paciente ao atendimento básico. O segundo requisito determinante é a adesão da população ao chamado dos agentes públicos de saúde de maneira contínua e permanente. Recentemente, participei de um debate no Programa Opinião, da TV Assembleia, com a gerente de Imunização da Secretaria Estadual de Saúde, Clécia Vecci, sobre a campanha de vacinação contra o vírus HPV em adolescentes de 11 a 13 anos nas escolas públicas e privadas. O objetivo era imunizar 80% de um universo de 161.885 jovens. Importante mencionar que a meta foi cumprida. O HPV é um vírus traiçoeiro. Possui mais de 150 variações catalogadas, das quais 12 estão intimamente relacionadas com o surgimento de diferentes tipos de câncer, com destaque para o de colo de útero. Silencioso, o agente patogênico nem sempre se manifesta claramente. Algumas das consequências mais graves levam décadas para se manifestarem. A maioria dos portadores sequer sabe que estão contaminados, ampliando o ciclo de transmissão principalmente por meio de relações sexuais sem proteção. Há dois tipos de vacina disponíveis no sistema público de saúde. A bivalente, que trata das duas variações mais comuns do vírus associadas ao câncer de colo de útero. A Quadrivalente abrange a anterior mais outros dois tipos de patogênicos relacionados ao surgimento de verrugas genitais. Ambas estão disponíveis como medida preventiva em qualquer posto de vacinação de Goiás. O aspecto importante da vacinação contra o HPV está no perfil do público alvo. São adolescentes, estudantes, sem vida sexual ativa em sua maioria. Nota-se que boa parcela desses jovens são ciosos da necessidade de prevenção e reconhecem os riscos da falta de imunização. O ponto crucial é a característica do tratamento. A vacinação contra o HPV é dividida em três etapas. A primeira dose deve ser acompanhada pela segunda dentro de um intervalo de seis meses. A terceira dose será tomada apenas cinco anos da primeira imunização. O longo intervalo, necessário para a criação da memória imunológica do organismo, pode ser esquecido ou negligenciado pelos jovens no futuro. Daí, a importância do acompanhamento permanente. Felizmente, a resistência contra campanhas de vacinação é mínima. Mas há casos de escolas ou pais que impedem a imunização dos jovens. Importante ressaltar que essa atitude não prejudica apenas o adolescente, mas toda a sociedade, vez que deixa pessoas desprotegidas contra os vírus, perdurando o ciclo da doença. A imunização contra o HPV não significa que o jovem possui vida sexual ativa. Trata-se apenas de uma medida preventiva para o futuro, antes do indivíduo ter contato com o vírus. Em meu entendimento, a vacinação deveria ser compulsória em alguns casos. É inacreditável que, em pleno século XXI, com amplo acesso às informações, ainda existam cidadãos que se oponham à imunização. Os impedimentos para a imunização são claros e específicos, levando em consideração a existência de gestação ou condições pré-existentes de saúde. O que não deveria ocorrer é a proibição de pais e escolas diante de campanhas preventivas, cujo resultado positivo atinge toda a sociedade. (Helio de Sousa, médico, deputado estadual pelo DEM e vice-presidente da Assembleia Legislativa de Goiás)