quarta-feira, 28 de maio de 2014

A felicidade embaixo do nariz

Por Jhonatha Junio Lopes
Já corri muito atrás da felicidade. Fiz escolhas boas e ruins. Preocupei-me com os outros, e depois preocupei comigo mesmo. Já vivi (e convivi) em lugares bons e ruins, e nesses lugares encontrei e convivi (mas também vivi) com pessoas ruins e boas, não necessariamente nessa ordem, nem necessariamente associado ao local de convivência. Na expectativa de ser feliz, busquei fazer o certo. Mas no caminho entendi que o certo nem sempre é certo, já que a definição do que é correto depende de parâmetros e parâmetros mudam. Em todos os casos encontrei pessoas felizes, outras nem tanto. Encontrei pessoas que dariam o mundo para estarem em meu lugar, outras que jamais gostariam de estar em minha pele. Tentei fazer diferença, "ser o cara", dar o melhor de mim, fazer história e tentar mudar o mundo (ou melhor, tentar abraçar o mundo). E percebi que a real diferença é a marca que fica no próximo, que está bem ali, ao seu lado, próximo mesmo. Após observar bastante, pessoas e locais, percebi que o segredo está no se relacionar. Pessoas felizes são abertas. Assumem suas fraquezas e sentimentos e não tentam se portar como máquinas. Pessoas felizes reconhecem seus limites. Erram muito tentando acertar e reconhecem seus fracassos, e humildemente pedem desculpas (mesmo às vezes estando certas) e também perdoam (mesmo às vezes não sendo perdoados). Pessoas felizes carregam a felicidade com elas aonde vão. Porque pessoas felizes atraem pessoas e por isso nunca estão sozinhas. Pessoas felizes também choram, e pedem ajuda quando não conseguem. Pessoas felizes sabem olhar para o horizonte e ver um futuro brilhante, olhar para o céu e tentar imaginar até onde podem chegar, porém, pessoas felizes também sabem olhar perto e abraçar quem está por perto. E no final aprendi que a felicidade vai comigo onde eu for. As coisas funcionando ou dando errado. Tendo que recomeçar ou parar. Pois aprendi que a felicidade não é o "ser", nem o "estar", muito o menos o "ter". Na verdade, a felicidade é o "relacionar", o "sentir" e o "viver". (Jhonatha Junio Lopes – J.J.Lopes - físico, mestrando em Tecnologia de Processos Sustentáveis pelo IFG, Sargento da Polícia Militar de Goiás - jjlopes@jjlopes.com.br)

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