quarta-feira, 28 de maio de 2014

O empresário sábio e o empresário travado

Por André Luís
A pequena diferença que faz algumas empresas crescer e prosperar e outras falir. O empresário travado valoriza dinheiro e máquinas: o empresário sábio valoriza pessoas! Infelizmente a mentalidade atrasada de grande parcela das pessoas que querem se tornar empresários é a única responsável pelo seu fracasso. Não gosto de falar em primeira pessoa, mas nesse caso se faz necessário apresentar como exemplo uma situação que ilustra e resume muita coisa que pode ser proveitosa para o empresariado em geral, para melhorar seu ambiente de trabalho e seus rendimentos à curto, médio e longo prazo. Na minha agência de propaganda meus funcionários podem dormir a hora que sentirem sono e pelo tempo que desejarem (tem até um sofá da soneca na área só para isso), podem andar de skate e jogar futebol dentro das dependências da empresa, podem acessar a internet livremente, podem fazer “happy hour” dentro da agência, às vezes eu interrompo o expediente para filosofarmos e trocarmos ideias sobre temas polêmicos diversos do momento, às vezes eu interrompo o expediente para fazermos um lanche todos juntos interagindo e sorrindo, às vezes eu interrompo o expediente para assistirmos um filme juntos, às vezes paramos tudo mais cedo para irmos participar juntos de atividades culturais, como cinema, orquestra, encontros, eventos, saraus, teatro, sem contar que não existe aquela obsessão doentia por horários, quer dizer, se chegar atrasado ou se faltar, não tem problema, não precisa trazer atestado nem se justificar, não tem stress, não tem cobranças e ninguém oprime ninguém. Eu acredito na palavra dos meus funcionários. Não precisa provar que estava doente. Se algum funcionário meu está com algum problema familiar eu mando ele embora para resolver o problema ao invés de ficar oprimindo ele exigindo o serviço, sendo que a cabeça dele está lá na família dele: deixo ele ir resolver o problema dele e voltar no outro dia renovado e revigorado, agradecido por ter resolvido o problema e satisfeito por eu não ter descontado o dia de serviço dele. Não existe o senso de hierarquia, meus funcionários me dão bronca, eu dou bronca neles, pois todos são apenas peças estratégicas na condução do projeto e ninguém é mais ou menos importante do que o outro, qualquer um que estiver ausente no processo faz falta e todos são igualmente importantes, independente da carga de responsabilidade que cada pessoa carrega no âmbito do escopo geral do projeto. O que importa mesmo é o projeto em si, o resultado final que será apresentado ao cliente e o dinheiro que vai entrar como resultado da entrega do trabalho com total perfeição e esmero, onde a qualidade é tudo. Não temos pressa, temos obsessão pela perfeição e pela pureza da beleza que atrai o resultado financeiro que o cliente espera atingir junto ao público alvo que ele quer impactar. Só existe uma exigência que dá demissão por justa causa: desorganização, desatenção e desleixo! Esse negócio de querer fazer o serviço rápido, de qualquer jeito, mais ou menos dá demissão por justa causa! Sempre tenho surpresas para eles: além do salário sempre apareço com um pouco mais de dinheiro e jogo na mesa do funcionário e digo: “não fala nada para os outros, você foi guerreiro comigo e estou dividindo com você os louros da minha vitória!”. Trabalhamos no melhor ambiente que uma empresa pode desfrutar. O resultado? Todos dão o sangue pelo projeto e pela condução da proposta da empresa, ou seja, todos literalmente vestem a camisa e defendem a empresa. Levam serviço para suas casas, fazem tarefas que não foram contratados para fazer e sem eu pedir, trabalham depois do horário até de madrugada sem eu pedir pra ficarem, caso o prazo do serviço esteja se esgotando. Trazem seus notebooks das suas casas quando algum computador da linha de produção queima, só para não ficarem parados enquanto o processo de manutenção no computador queimado é concluído. Enfim, tenho aliados leais, companheiros, irmãos, parceiros e guerreiros fiéis ao meu lado lutando junto comigo em direção à vitória. Invista no que você têm de mais valioso na sua empresa: o coração das pessoas que trabalham com você! O retorno sobre o investimento vai muito além de dinheiro: você colhe amor, gratidão, respeito, determinação, competência e lealdade e essas coisas não têm preço nem podem ser compradas ou exigidas! (André Luís Neto da Silva Menezes, pseudônimo: Tiranossaurus Rex – publicitário, inventor, filósofo, músico e vice-presidente da Associação Canedense de Imprensa - advertisingpropaganda@gmail.com)

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