quinta-feira, 29 de maio de 2014

Plataforma para mapear gênios de escolas públicas

Por André Júnior
Um grupo formado com 25 jovens profissionais egressos de universidades de prestígio no País desenvolveu uma ferramenta capaz de localizar onde estão e também quem são esses alunos. Além disso, querem saber, o que fazem os alunos mais promissores das escolas públicas brasileiras. A plataforma, chamada de Garimpar, conseguiu consolidar em um mesmo ambiente os resultados obtidos pelos estudantes nas últimas edições das principais olimpíadas científicas e de conhecimentos existentes no Brasil. Atualmente, nem o Ministério da Educação (MEC), nem as redes de ensino brasileiras, muito menos as organizadoras das olimpíadas têm esse tipo de mapeamento global criado agora pelo grupo de forma pioneira. Ainda em sua versão beta, o sistema quer colocar em contato eventuais escolas ou pessoas físicas dispostas a financiar os estudos dos alunos mapeados pelo Garimpar. Hoje, existem organizações e colégios dispostos a oferecer bolsas a alunos de destacável desempenho escolar. Com a ferramenta, será possível identificar estudantes que moram nas grandes cidades, nas periferias, no interior e até na zona rural da maioria dos mais de 5 mil municípios brasileiros. A Garimpar, contudo, ainda não está aberta à consulta pública, e também não há uma previsão específica para a socialização dos dados. No momento, apenas organizações parceiras têm acesso ao levantamento. Muitos dos estudantes que já estão mapeados são considerados exceções em suas comunidades e na própria escola. Além disso, uma porção deles vive em condições sociais adversas e de limitação de recursos, sem contar que estão ambientados em uma realidade que acaba por forçar o determinismo social, segundo afirmam os idealizadores. Ou seja, os alunos acabam por desconhecer outras perspectivas de vida, diferentes daquela dos pais. E para alimentar o banco de dados foi preciso ir atrás das séries históricas das olimpíadas científicas e desenvolver uma série de logaritmos capazes de unificar as informações e números produzidos por elas. Foram considerados os dados dos medalhistas que realizaram as últimas edições da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP), Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM) a de Física (OBF) e a de Química (OBQ). A previsão é que o resultado de outras olimpíadas, como a de Língua Portuguesa e Astronomia, como exemplos, também sejam incluídas futuramente. Pesquisa – site IG. Talento especial pode se manifestar de várias formas. Até alguns anos atrás, acreditava-se que o principal indicador da inteligência era o raciocínio lógico. Para isso, o teste mais famoso é o Q.I. (quociente de inteligência), inventado em 1905 na França. Hoje, divide-se a inteligência em quatro grandes áreas: talento acadêmico, criatividade, capacidade de liderança e domínio sensório-motor. Dentro de cada capacidade, há múltiplas habilidades. A motora, por exemplo, vai do esporte à eletrônica. Um menino que joga bem futebol, se estimulado, pode se tornar um grande cirurgião. Reconhecer uma criança superdotada, em qualquer dessas áreas, é crucial para ela própria, para sua família e para o país. Em alguns casos, para a humanidade. Uma dessas crianças pode, no futuro, criar uma sinfonia, descobrir a cura do câncer, escrever uma obra de arte. Um exemplo de como o talento nato requer uma dose exacerbada de esforço é a história do pianista brasileiro Nelson Freire. Aos 4 anos de idade, ele tocava canções de memória no colégio das irmãs em Boa Esperança, sul de Minas Gerais. Os pais contrataram então as aulas de um maestro de Varginha, para estimular seu talento. Na 12a aula, o maestro disse que Freire não tinha mais o que aprender com ele. Para continuar o desenvolvimento musical do menino, a família inteira se mudou para o Rio de Janeiro. As aulas lá abriram oportunidades para sua futura carreira internacional. Assim como Freire, todo superdotado é um gênio em potencial. Mas, sem o estímulo correto, ele não se desenvolve. É o destino de grande parte deles, já que os professores não são formados nas faculdades de educação para identificá-los. Têm até uma visão estereotipada do que é ser superdotado. Acham que se trata apenas daquele aluno que tira 10 em tudo sempre, que toca Mozart aos 2 anos e resolve equações de cabeça na 1a série. As crianças com altas habilidades podem apresentar característica e perfis diferentes. Algumas possuem grande aptidão acadêmica. Outras, artística. Veja características que podem ser sinais de que seu filho possui habilidades acima da média. - Precocidade para ler: além de começarem a ler cedo (muitas vezes de forma espontânea), compreendem nuances da linguagem e possuem vocabulário avançado para a idade; - Têm facilidade para aprender e capacidade para resolver problemas, demonstrando fluência e flexibilidade de ideias; - São criativas, curiosas e críticas; - Possuem boa concentração e boa memória; - Têm interesse por problemas filosóficos, morais, políticos e sociais; - São persistentes e perfeccionistas; - Demonstram sensibilidade e senso de humor; - São independentes e autônomas; - Não gostam de rotina; - Investem tempo e atenção no que gostam; - Demonstram liderança e iniciativa; - Detêm habilidade excepcional para talentos específicos como esportes, música, artes, dança ou informática. Crianças com essas características podem se tornar Gênios. (André Júnior, membro - UBE União Brasileira de Escritores - Goiás)

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