quarta-feira, 28 de maio de 2014

Meu amigo cara pálida

Por Orimar de Bastos
Sempre gosto de nomear um amigo qualquer, nas minhas crônicas, como sendo um anônimo “cara pálida”. No entanto, nesta minha crônica de hoje, faço questão de nomear um destes meus “amigos caras pálidas”, que permeia os leitores das minhas mal traçadas linhas. Este meu amigo vem de muitas décadas, principalmente da nossa “Campininha” querida, dos meus tempos de adolescente. A rua Rio Grande do Sul. Morava em uma casa do numero 576, se não me engano e quase em frente, morava um menino gordinho, de pernas também roliças, mas que gostava de estar no meio de nossa “turminha”, nas brincadeiras despretensiosas e amigas. Pois bem, o seu nome era Cristovam, e nós por brincadeira chamavam-no de “Cristóvão Colombo” e este ia quase aos prantos para afirmar que não era Colombo e sim Castilho. E o tempo foi passando, nós crescemos e sumimos daquela vidinha de menino. E com o tempo cada um seguiu seu rumo. O Cristovam, sentou praça na nossa gloriosa Policia Militar e fez carreira na mesma, chegando ao posto máximo da corporação, no posto de Coronel, passando por quase todos os postos de Comando da PM. Hoje está reformado. Fiquei sabendo também que este terminou o curso de Direito e fez alguma advocacia. Encontrei-o algumas vezes nesta andança da vida. Sempre falávamos rapidamente. Pois bem, dia deste, estando em frente ao Banco Itaú, nesta minha querida Caldas Novas, eis que me surge um senhor de boné e óculos escuros, me dizendo: “Ei cara pálida, você não é o Girafa?”. Qual não foi a minha surpresa ao focar bem a figura daquele “senhor” e vislumbrar o meu querido amiguinho de priscas era, o “Cristóvão Colombo”. Lógico, veio os abraços e os cumprimentos de um saudoso hiato de tempo. Conversamos a respeito do nosso tempo de meninice na nossa Campininha, e sua passagem pelas fileiras da Policia e eu pela Magistratura. Disse-me que possuía um chalezinho aqui em Caldas, justamente nas “Mansões das Águas Quentes”, ofertando seu cartão e “intimando” a visita-lo. Também falou que sempre lê as minhas crônicas e sempre ficou curioso com a minha expressão “cara pálida”, perguntando que é este. Afirmei que os “caras pálidas” a que sempre refiro são os amigos leitores que acompanham minhas peripécias nas linhas que escrevo, e que ele, naquele momento transformou no meu mais novo Cara pálida. Só não disse que do tal encontro me forneceu um assunto para transformá-lo em mais uma crônica. Assim, meu caríssimo Cristovam Francisco Castilho, ou simplesmente Cel. Castilho, hoje, para mim, você é o meu mais novo “Cara pálida”. E viva o Cristóvão Colombo. (Sem choradeira) (Orimar de Bastos, juiz de Direito Aposentado, advogado militante em Caldas Novas, membro da Academia Tocantinense de Letras, ocupante da Cadeira n° 33 e membro da Academia de Letras e Artes de Piracanjuba-Go e Cidadão Caldas-novense)

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