terça-feira, 27 de maio de 2014

A evolução do setor de transportes em Goiás

Por Eduardo Cardoso
Iniciou-se a instituição do Setor Transportes, em Goiás, em 19 de novembro de 1946, com a criação e funcionamento da Comissão de Estradas de Rodagem de Goiás - CERG. Em 1952 a Comissão foi transformada em Departamento de Estradas de Rodagem de Goiás – DERGO, com a atribuição de desenvolver o Setor Transportes, mediante a construção, implantação, pavimentação e conservação das rodovias estatuais. Em 1961 o Governo Estadual criou o Consórcio Rodoviário Intermunicipal S/A – CRISA, com a incumbência de construir e melhorar as estradas municipais, mediante a adesão dos municípios interessados. Em 1966, com a desistência de grande número de municípios consorciados, o Governo decidiu transferir para o CRISA a responsabilidade pela manutenção de muitos trechos rodoviários e das balsas nas travessas dos rios onde não havia ponte. Tanto o DERGO quanto o CRISA desenvolviam satisfatoriamente suas atividades, com a natural limitação pela escassa disponibilidade de recursos financeiros. Em janeiro de 1983 o Estado de Goiás contava com mais de 15.000 km de rodovias, porém apenas 1.503 km eram pavimentadas. No final de 1986 as rodovias pavimentadas compunham uma malha de 5.300 km. Por essa época, de par com a infraestrutura de transportes, o Estado de Goiás cuidou também da infraestrutura de energia elétrica apta a se iniciar o processo de industrialização. Somente a partir daí, centrada nesses dois grandes pilares, a economia Goiana deslanchou, primeiro com as indústrias aqui instaladas, depois com a evolução da agropecuária tradicional no pujante agronegócio dos nossos dias. No final de 1999 o Governo Estadual implantou uma reforma administrativa com a qual extinguiu várias autarquias, dentre as quais o DERGO e algumas de suas empresas, inclusive o CRISA e, para substituir as entidades do Setor Transportes, criou Agência Goiana de Transportes e Obras – AGETOP, acrescentando-lhe também a responsabilidade pela construção e manutenção das obras civis. A AGETOP desenvolveu bem o seu papel nos primeiros anos, porém durante algum tempo, sem recursos suficientes, descuidou-se da manutenção do desenvolvimento do Setor, principalmente no tocante a rodovias, tanto pavimentadas quanto as não pavimentadas. É notória a degradação a que chegou a malha rodoviária estadual pavimentada de quase 10.000 km, assim como as não pavimentadas de 10.000 km. Quase todas comprometidas. Felizmente, o Governo atual, com recursos financeiros próprios e de financiamento do Governo Federal, está recuperando e construindo inúmeras rodovias, duplicando outras e edificando grandes obras civis, para o bem estar dos usuários e em proveito da economia do Estado. É imprescindível a alocação continuada de recursos nos Setores de Transportes e Energia, sustentáculos do desenvolvimento. (Eduardo Cardoso, advogado)

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