quinta-feira, 29 de maio de 2014

Tempos de reflexão...

Por Jaider Cevidanes
Pessoas antigas e outras ainda mais antigas e também alguns mais jovens, escutaram e escutam vez por outra, um velho ditado, que se enuncia, assim: “Quando se vê a barba do vizinho arder, coloca-se a própria, de molho”. Esse ditado, para o bem de todos, vem sendo seguido e para o bem de muitos, sabiamente, como lei de sobrevivência. Vendo as coisas acontecerem bem de perto de minha família, venho fazendo uma reflexão e vejo esta mesma reflexão como tardia, porque sempre vi estas mesmas coisas acontecerem, sempre e sempre com outras, outras famílias, mundo afora e não me apercebi de fazer qualquer reflexão sobre o que se passava. Agora, “advogando em causa própria” como diz outro ditado, ponho-me a refletir e ponho os Meus, mais próximos, juntos comigo nessa empreitada. Imaginem só... Uma família, vem perdendo preciosos componentes através dos anos, apesar de orações diárias e por isso constantes, da parte que se chamava a mais responsável, por ser a mais sofredora, a Mãe de três filhos perdidos para os vícios da bebida e do tabagismo. Faleceu esta Mãe aflita, sem conseguir a graça de ver seus filhos restabelecidos, posto que, dois deles, a antecederam, na partida para outra dimensão. O terceiro, partiu também, depois de pouco tempo que Ela se fora. Este, vítima de um câncer, que tivera origem no uso constante de bebidas e tabagismo. Presentemente, de novo, vem á nossa frente um novo e crucial problema. Um outro filho, de notável cultura, que tem um legado de realizações no plano de trabalho que abraçou durante toda a vida, amado e adorado por sua Esposa, e por todos seus filhos (4), por todos seus parentes e afins, mercê de sua conduta irrepreensível em sua vida familiar e laboral, mas que também, consumidor de cigarros por grande parte de sua vida e mais recentemente, consumindo também boas porções de bebidas alcoólicas, vem agora de ser internado, por comprometimento das funções respiratórias, (pneumonia e enfisema pulmonar) oriundos, muito provavelmente, de absorver substâncias que estão presentes, nos cigarros e nas bebidas alcoólicas. Do meu lado, perdi um irmão que gostava de se gabar de fumar de 3 a 4 cxs. de cigarros ao dia, acendendo o próximo no que estava se findando. Ria, quando qualquer um, parente ou amigo, o admoestava, falando dos perigos do cigarro. Faleceu aos 91 anos, por complicações respiratórias, sérias. Dizem alguns, ah, mas Ele chegou à longevidade. Sim, mas será que sua morte não poderia ser um pouco retardada e com vida de melhor qualidade no final? Não sou médico, tenho apenas alguma experiência de vida, pois estou chegando logo, logo, aos 83 e é, mediante esta experiência, até talvez, meio “pseudo-experiência”, que concito aos meus Filhos, aos Filhos dos meus amigos, e aos filhos de tantos quantos tiverem oportunidade de acesso a esse meu despretensioso escrito, que pensem e reflitam na seguinte verdade: O prazer e/ou pretensa felicidade que esses dois vícios nos proporcionam, são “inversamente proporcionais aos malefícios que Eles silenciosamente nos inoculam, através dos tempos de uso” . Um dia, uns mais rapidamente, outros menos, nos cobram com juros o seu tributo, com internações, dores para si próprios e para os familiares, pois são inexoravelmente, LETAIS. Filhos meus, filhos de outrem. HORA DE REFLEXÃO! Mais do que nunca, a certeza de sempre, prevalece: Melhor se prevenir, que remediar! Um motivo à mais para refletir: Nem sempre se pode remediar, “o que já não tem mais remédio”, por isto, filhos meus, filhos dos meus amigos e filhos de outrem, repensem as sensações, efêmeras, enganosas e suas conseqüências silenciosas, que advêm da prática, dos vícios mencionados no presente texto. (Jaider Cevidanes, aposentado)

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