Enquanto Dilma "compra" o mundo empresarial, o Estado desce a mutamba nas manifestações de rua da classe média

Por Marcelo Caixeta

Dilma fez apresentação em grande gala para todos os empresários da construção civil , reunidos em peso em Goiânia na semana passada para seu Congresso, o Enic. Mais uma vez, agradou a todos, dos empresários aos engenheiros ( mais um membro daquela “classe-média-funcionária-pública” cooptada ), dizendo que vai continuar a irrigar , com promessa de “cada vez mais”, os cofres deles com os "Bolsas-Minha-Casa" da vida. E assim é que a "nave vai". O PT, que já consolidou seu reino em meio à pobreza, com os "bolsas-isto-e-aquilo", agora mira suas baterias para o mundo empresarial, irrigando-o com Estado-Dólares. Ou seja, Dilma também "compra" os pobres. Só nós, da classe média, ficamos espremidos no meio, pagando impostos e sustentando uns e outros. São as duas tenazes que asfixiam a classe média : sustentar os "coitadinhos" de um lado e os "tubarões-regados-a-dinheiro-do-BNDES" por outro ( aquele "banquinho Estatal" que empresta nosso dinheiro a fundo perdido para os "amigos-de-Lula" ). O mundo empresarial, por sua vez, agradece regiamente, sustentando o PT com seus Estado-Dólares ( que ele faz retornar para os cofres do PT ) para os embates eleitorais futuros, e para os possíveis caixa-2-mensaleiros. Este é um país que não tem como ir para frente. Quando alguns setores da classe média tentam se manifestar, seja contra o Governo ( Copa ) , seja contra os Empresários ( transporte coletivo ), vê-se o que se viu em Goiânia : estudantes tratados como bandidos. Seus panfletos, mais que justificados ( "Fora Copa", "Abaixo empresários do Transporte", etc ), foram exibidos midiaticamente pela Polícia Civil de Goiás como tijolos de maconha ou pasta de cocaína. É o Estado, seja de qual denominação política ( a Polícia Civil daqui é do PSDB ) for, a serviço dos "empresários" e dos "coitadinhos", e absolutamente contra toda e qualquer manifestação da classe média, exatamente esta classe que sustenta os dois mundos. Dois não, três, pois além dos empresários, sustentamos os coitadinhos e o "regente" dos dois, os Governos. Como se pode ver pelas fotos, Dilma convive bem com a grande pompa empresarial, e também vice-versa : o grande empresariado convive muito bem com o comunismo totalitarista que restringe as liberdades da classe média e da "Sociedade Civil de Cabresto", aquela do "meio". É o chamado "Capitalismo de Estado", ou melhor ainda, "Estatismo de Capital". (Marcelo Caixeta, psiquiatra)